LIONS CLUBE DE BLUMENAU CENTRO

CNPJ 01.445.120/0001-65

"Maior servidão é mandar homens, que
servi-los."

(Padre Antônio Vieira, 1608/1697, nascido em Portugal, viveu
por muito tempo no Maranhão).


MANIFESTO À NAÇÃO

O sentimento da população brasileira para com a política
e os políticos é de profunda indignação e revolta.
Infelizmente os desmandos são de tal ordem e número que,
além deste sentimento de frustração, as pessoas parecem
estar anestesiadas.

O Lions Clube de Blumenau Centro, com 53 anos ininterruptos de
serviços prestados à comunidade, tem, entre seus
objetivos, o estímulo ao patriotismo. Conta até hoje em
suas reuniões com alguns dos seus fundadores, forma um grupo
preocupado com o Brasil e também se sente atingido por esta
indignação, que é notória nas ruas.

Em vista disso elaborou o presente manifesto, a ser divulgado de
todas as formas e por todos os meios possíveis, objetivando
despertar o país da letargia e reverter o quadro
lamentável que se espalha entre os brasileiros
responsáveis.

Ainda que os índices econômicos possam aparentar uma
certa tranquilidade, ela é ilusória, na medida em que
padrões éticos estão sendo vilipendiados
diuturnamente nos mais variados níveis da administração
pública. Eles são tanto mais graves, quanto mais
próximos da esfera federal.

Escândalos de toda ordem, desde malversação do
erário, favorecimentos pessoais espúrios, espírito
corporativista intoleravelmente reprovável, aumento absurdo
no número de cargos e atitudes antiéticas deixaram de ser
exceção, para virarem regra. Nem bem um escândalo é
divulgado, outro lhe toma o lugar, gerando na população, por
esta sequência regular e continuada, aquele sentimento de
impotência e letargia referido anteriormente. Parecemos todos
zumbis estáticos, observando os fatos sem reagir, descrentes
de mudanças positivas.

Não se trata de reivindicar um simples e utópico processo
de distribuição de renda, de criticar irresponsavelmente a
livre iniciativa ou de levianamente censurar bons salários
aos administradores públicos competentes. Trata-se de
encontrar um modelo mais comedido, em que o cidadão
trabalhador não fique estarrecido ao verificar que o que
percebe de rendimento em toda uma vida é pago a alguns
funcionários públicos e parlamentares em questão de
poucos anos, quando não alguns meses, sob as mais variadas
denominações!

Ainda que fosse somente pelo fato de não carregarmos na
consciência a censura de nossos filhos e netos pela nossa
omissão e pelo nosso silêncio, e não pelo patriotismo
em si, hoje tão pouco em voga, nós, membros do Lions
Clube Blumenau Centro, sentimos ter chegado o momento de levantar
a voz, pacífica mas energicamente. Este manifesto não
pretende ser um brado irresponsável, uma palavra de ordem
surrada ou um grito oportunista, que são os adjetivos tantas
vezes usados pelos poderosos para abafar os protestos dos
insatisfeitos.

Ele pretende ser um alerta, um chamado ao despertar, um incentivo
à formação de cidadãos que, além de emprego e
trabalho, sintam orgulho dos líderes que conduzem através
do seu voto aos cargos públicos, dos mais altos aos mais
baixos, delegando-lhes poderes para fazer honestamente o melhor
pelo país, pela sociedade, pela comunidade.

O Lions Clube de Blumenau Centro está preocupado com a
violência já não mais restrita aos grandes centros e
que avança dia a dia, alcançando índices alarmantes.
Está preocupado com a educação, na qual, sob um
distorcido conceito de liberdade, os alunos estão agredindo
os professores, as drogas estão sendo consumidas por nossa
juventude à luz do dia e diante da polícia, trazendo em
seu rastro a criminalidade crescente, apenas para citar alguns
exemplos.

Os parlamentares estão legislando cada vez menos, porque
preocupados em acusar adversários ou em defender-se de
acusações, brigando por cargos e benefícios, dando as
costas àqueles que juraram defender. Reclamam do Executivo
quando este governa com medidas provisórias, mas não
têm coragem de simplesmente rejeitá-las, temerosos de que
com isso seus apadrinhados sejam prejudicados nas inúmeras
nomeações que irão favorecer este ou aquele partido e
assim perpetuar as benesses que aparentemente passaram a ser o
objetivo principal e imediato de suas ações.

Não menos preocupante é o quadro do Poder Executivo em
seus vários níveis, pois se vale exatamente deste poder
de nomeações e da famigerada "caneta na
mão" para manter em rédea curta o Congresso. Nele
os parlamentares assemelham-se a sócios lutando por objetivos
comuns, embora condenáveis e distantes das necessidades da
população.

Triste é também a situação do Judiciário, que,
embora dispondo hoje de toda a tecnologia da informática,
acumula nos gabinetes os processos cujas decisões o
cidadão ansioso espera por anos, às vezes décadas.
Ilustra bem este quadro a recente divergência manifestada de
forma agressiva e lamentável entre os ministros da mais alta
corte, o Supremo Tribunal Federal, minando a confiança das
pessoas na última instância a que podem recorrer quando
têm seus direitos ameaçados ou agredidos.

Se a democracia está sustentada nestes três poderes e
estes estão tão comprometidos em sua ação efetiva e
em seu comportamento ético, fácil é concluir que
quando o fundamento é frágil, a estrutura que ele
sustenta também se fragiliza e ameaça ruir. Não foi
para isso que a democracia foi defendida a alto preço em
passado recente. Simplesmente tratar desiguais com igualdade
não é democracia, é anarquia!


A classe dirigente não pode ser apenas uma elite intelectual.
Isso é pouco! Ela tem de ser, antes disso e mais que isso,
uma elite moral. Um bom serviço eventualmente prestado no
passado por algum político não autoriza e nem pode servir
de atenuante para que ele cometa deslizes no presente.
Napoleão já dizia que "Toda indulgência para
com os culpados revela conivência."

Assim como não se pode exigir que um filho imaturo seja
exemplo para seus pais, mas sim o contrário, da mesma forma
não se pode jogar nas costas da sociedade a responsabilidade
pelo pouco caso que seus dirigentes têm para com a coisa
pública, impingindo-se a ela, sociedade, a culpa por suposta
falta de critério na escolha dos candidatos eleitos. Esta
é uma forma ardilosa, perversa e demagógica de pulverizar
a responsabilidade por má conduta, tirando-a dos ombros dos
dirigentes para espalhá-la comodamente sobre os ombros dos
dirigidos.

O objetivo do presente manifesto é, finalmente, despertar na
opinião pública, nos clubes de serviço,
órgãos representativos, imprensa e comunidade em geral,
um clamor para que apareçam sugestões de procedimentos
mais éticos e reformas estruturais.

Folha corrida limpa para candidatos a cargos públicos?
Eliminação ou restrição drástica de comissionados?
Redirecionamento das prioridades do país? Assembléia
Nacional verdadeiramente "Constituinte" e não
simplesmente com poderes constituintes como foi a de 1988? A
Constituição "cidadã" efetivamente logrou
promover a verdadeira e autêntica cidadania? Manteve
equilíbrio entre direitos e deveres? São perguntas
ilustrativas que este manifesto, num primeiro momento, deixa no
ar, para reflexão.

A nossa associação não tem receitas prontas para que
esta mudança urgente e inadiável se concretize. Ela
deseja sim, juntamente com outras entidades, participar com
sugestões. Mas, cabendo originalmente ao Congresso articular
as mudanças positivas, é lá que deve acontecer a
mudança em primeiro lugar.

O Lions Clube de Blumenau Centro, através deste manifesto,
busca o apoio de tantos quantos o lerem e concordarem com ele
para que, formada uma corrente de ética, moralidade,
cidadania e transparência, se dê um basta a esta torrente
de escândalos. Que comecemos todos nós, brasileiros de
bem, a construir um país melhor, mais humano, íntegro e
civilizado, dirigido por pessoas das quais possamos nos orgulhar
e não nos sentirmos profundamente envergonhados, como hoje
acontece.

Que nos sirva de inspiração, incentivo e fecho deste
manifesto a seguinte frase do escritor e analista econômico e
político sul-africano, Leon Louw: "Se conseguirmos
fazer avançar a multidão na direção certa, os
políticos não terão outra alternativa senão sair
à sua frente."

Blumenau, SC., Julho de 2009.

Hézio Araújo de Souza

Presidente 2009/2010

 
 

MAÇONARIA

XXXVIII Assembléia Geral Ordinária da CMSB

PROCLAMAÇÃO AO POVO BRASILEIRO

A CONFEDERAÇÃO DA MAÇONARIA SIMBÓLICA DO BRASIL - C.M.S.B, constituída das
27 Grandes Lojas Maçônicas do Brasil, que congregam aproximadamente 100 mil
Maçons distribuídos nas Lojas Maçônicas situadas em todos os rincões do
País, reunida em sua XXXVIII Assembléia Geral Ordinária, em Goiânia - Goiás,
registra:

1. a publica a notória propagação do germe da corrupção no território
pátrio, como se fosse epidemia, contaminando e destruindo os princípios
morais e básicos da civilidade, afetando a todos, inclusive comprometendo as
futuras gerações;
2. o inconformismo com a impunidade dos afortunados pela ilicitude, que
afeta e corrói a formação moral da sociedade brasileira, na certeza de que,
todos, igualmente, devem responder por seus atos e ser punidos
proporcionalmente à falta cometida;
3. a urgência de uma reforma nas estruturas dos Poderes construídos,
como passo fundamental para que sejam eliminadas as causas das mazelas que
vêm afligindo a cidadania;
4. o necessário envolvimento das entidades civis organizadas e do povo
em geral, na luta para superação dos desmandos e na reconstrução de uma
sociedade mais ética, fraterna e solidária;
5. o importante papel da Maçonaria, organizada nas Grandes Lojas
Maçônicas, na deflagração da luta contra os males que vêm causando tantos
danos ao povo, na esperança de que, com a participação de todos, sejam
alcançadas as mudanças culturais e estruturais, para que, num futuro
próximo, a família brasileira possa usufruir de um País mais justo e
perfeito.

Goiânia - GO, 11 a 16 de julho de 2009.

RUY ROCHA DE MACEDO
Grão-Mestre da M:. R:. Grande Loja Maçônica do Estado do Goiás e
Presidente da XXXVIII Assembléia Geral Ordinária da C.M.S.B.

NATHANIEL CARNEIRO NETO
Secretário Geral

Assinam os 27 (vinte e sete) Grão-Mestres das Grandes Lojas Maçônicas do
Brasil, a saber:

Pedro Luis Longo
Acre
Ivanildo Marinho Guedes
Alagoas
Bernardino Senna Ferreira Filho
Amapá
René Levy Aguiar
Amazonas
Itamar Assis Santos
Bahia
Juvenal Batista Amaral
Distrito Federal
Etevaldo Barcelos Fontenele
Ceará
Sérgio Muniz Gianordoli
Espírito Santo
Raimundo N. S. Pereira
Maranhão
José Carlos de Almeida
Mato Grosso
Jordão Abreu da Silva Filho
Mato Grosso do Sul
Janir Adir Moreira
Minas Gerais
José Nazareno N. Lima
Pará
Marcos Antônio de Araújo Leite
Paraíba
João Carlos Silveira
Paraná
Milton Gouveia da Silva Filho
Pernambuco
Reginaldo Rufino Leal
Piauí


Waldemar Zveiter
Rio de Janeiro


Luiz Carlos R. da Silva
Rio Grande do Norte
Gilberto Moreira Mussi
Rio Grande do Sul
Juscelino M. do Amaral
Rondônia
Lindberg Melo da Silva
Roraima
José Domingos Rodrigues
Santa Catarina
Francisco Gomes da Silva
São Paulo
José Valter R. dos Santos
Sergipe
Jair de Alcântara Paniago
Tocantins