Xintoísmo
Originalmente o xintoísmo não
possuía nome, doutrina nem dogmas. Constituía-se de um conjunto de ritos e
mitos que explicavam a origem do mundo, do Japão e da família imperial. Os
protagonistas desses mitos eram os Kamis, deuses ou energias divinas que
habitam todas as coisas e se sucedem por gerações, desde a criação do
mundo. Recebe o nome de xintoísmo (caminho dos deuses) para distinguir-se
do confucionismo e do budismo, religiões provenientes da China e da
Índia.O culto xintoísta é realizado no templo dos Kamis locais, feito de
madeira e, segundo a tradição, reconstruído a cada 20 anos. Os sacerdotes
coordenam rituais de purificação e renovação. Nas festas religiosas, uma
estátua do Kami ou um emblema que o simboliza é transportado pelas ruas em
um andor, o mikoshi.O xintoísmo permanece como a religião oficial do Japão
de 1868 até 1946. Após a derrota japonesa na II Guerra Mundial, o
imperador Hiroíto renuncia ao caráter divino atribuído à realeza e a nova
Constituição do país passa a defender a liberdade religiosa. A partir de
1946, a prática do xintoísmo é supervisionada por uma associação, a Jinja
honcho. Estimativas de 1990 mostram que 106,6 milhões de japoneses têm
alguma relação com o xintoísmo, mas a religião conta com apenas 2,8
milhões de praticantes, em 1998, segundo a Encyclopaedia Britannica.
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