PRATA

A prata é conhecida pelo homem desde a Pré-História, estimando-se que a sua descoberta se fez pouco depois da do ouro e do cobre. A referência mais antiga que se conhece ao elemento é o livro do Genesis. Os Egípcios consideravam o ouro como o metal perfeito, atribuindo-lhe o símbolo de um círculo, enquanto a prata era tida como a mais próxima do ouro em perfeição, pelo que lhe foi atribuído o símbolo de um semi-círculo. Este semi-círculo terá dado origem, mais tarde, a uma lua crescente, provavelmente devido à semelhança entre o brilho do metal e o da lua. Os Romanos chamavam a prata de argentum, mantendo-se este como nome internacional do elemento, de onde deriva o seu símbolo químico.

Prata:Origem e Obtenção

A prata nativa aflora em superfícies rochosas, às vezes em filões de grande massa e riqueza. Encontra-se principalmente na argentita, bromargirita, cerargirita, proustita e galena (sulfureto de chumbo). Todas as galenas contêm entre 0,01% e 0,05% de prata, mas só recebe, o nome de argentíferas quando seu teor supera 0,5%.

As primeiras civilizações provavelmente obtinham o metal por copelação, nome que se dá ao processo de fusões sucessivas em forno (copela) para separar a prata. Atualmente processa-se o metal por amalgamação, cianetação ou como subproduto da metalurgia do cobre e do chumbo.

A amalgamação consiste, basicamente, na pulverização da prata nativa, do sulfureto ou do cloreto de prata. à mistura acrescenta-se cloreto de sódio e calcopiritas. A mistura é dissolvida em mercúrio, o que resulta em um amálgama, do qual se destila a prata metálica.

A adição de cianureto de sódio ao minério da prata triturado e queimado com cloreto de sódio resulta em cianureto de prata. Esta, filtrado e tratado com zinco ou alumínio, precipita o metal puro no fundo do recipiente.

Dos processos de purificação do chumbo ou do cobre resultam resíduos de prata, ouro e outros metais que se separam por tratamento químico ou eletrólise.

A prata obtida industrialmente é quase sempre impura, com um a dois por cento de outros metais, como cobre e chumbo. Pode-se obter prata de estrema pureza por meio de copelações sucessivas, por eletrólise ou em laboratório. Para obtenção em laboratório, dissolve-se a prata impura com ácido nítrico e trata-se a solução obtida com ácido clorídrico, o que provoca a precipitação do cloreto de prata. Funde-se então o cloreto com carbonato de sódio e dissolve-se em água o produto da fusão, ficando a prata em estado metálico.