ISOPOR

Arquivo em PDF reciclagem de ISOPOR, como alternativa sustentavel

"Sempre ouvi que isopor não se reciclava. Olhei até uns livros aqui em casa que confirmaram. Mas hoje li uma matéria que mostrou que não só é possível como já tem gente que faz.

O isopor em muitos casos é quase que insubstituível e associado a um número cada vez maior de hábitos de consumo: das bandejas de frios e açougues às embalagens de proteção e até peças da construção civil. A notícia dá até um alívio, mas não tira a necessidade de evitar o consumo de isopor.

Metade da produção nacional de isopor é usada na construção e fica incorporada à obra, o restante (aqueles utilizados pelas pessoas) pode ser 100% reciclado evitando que eles acabem flutuando nos rios, entupindo bocas-de-lobo ou sobrecarregando os aterros sanitários.

A Coopervivabem começou a recolher e a vender o EPS (poliestireno expandido ou isopor) em janeiro de 2007 e hoje funciona como um ponto de coleta para as outras cooperativas de reciclagem da cidade. Compra-se o produto sujo, faz a remoção de fitas adesivas, papéis, grampos e outros materiais e o revende. Atualmente, a média recolhida na cooperativa é de 4.273 kg/mês.

Para saber onde deixar o EPS na sua cidade ou bairro, entre no site da Abrapex. Aí é só levar pra reciclar e senão tiver um lugar específico, coloquem junto com os plásticos e reze."

 

Projeto pioneiro recicla isopor - SC

Um dos vilões do lixo por ocupar muito espaço nos aterros sanitários, o EPS - também conhecido como isopor - vem sendo reciclado graças a um projeto catarinense

Um acordo entre a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a empresa joinvilense Termotécnica está reciclando parte do material produzido no Estado, depois de mais de um ano de pesquisas nos laboratórios do departamento de engenharia química e de alimentos da universidade. "Estamos fazendo desse lixo um novo produto", explica o professor Ricardo Antônio Francisco Machado, coordenador do projeto.
Havia alguns anos, o isopor era considerado o vilão ambiental por ter em sua composição o temível gás clorofluorcarbono (CFC), maior agressor da camada de ozônio. Hoje, esse gás já foi substituído por outro componente, o isômero de pentano, mas o EPS continua sendo um dos responsáveis pelo entupimento dos lixões e aterros sanitários. Outra dificuldade é o transporte: um caminhão baú, por exemplo, só consegue transportar 190 quilos de EPS, tornando a reciclagem praticamente inviável. No Brasil se produz 40 mil toneladas de EPS e grande parte vai parar nos lixões. 

O primeiro desafio dos pesquisadores era encontrar uma maneira de reduzir o volume do isopor. A equipe desenvolveu um equipamento para aglomerar o material, facilitando o transporte e diminuindo os custos. A segunda parte do projeto era saber o que fazer com o EPS. Como é um produto inerte (sofre poucas alterações ao longo do tempo) e não pode ser reutilizado para embalagens de alimentos, o desafio era transformar o antigo isopor em um novo isopor. E isso foi conseguido: hoje os pesquisadores mantêm uma fórmula de 20% do isopor velho mais 80% de estireno, formando um novo EPS. A descoberta de que a reciclagem do isopor não era tão difícil foi fruto de um trabalho de 20 pesquisadores, entre químicos, engenheiros e técnicos de laboratório. O projeto está sendo benéfico para os dois lados: a universidade recebe investimentos privados e abre mercado de estágio para seus alunos, enquanto a empresa utiliza o know-how para se tornar a primeira do Brasil a reciclar o EPS. "Ganha o meio ambiente, ganha a universidade, ganha a empresa. Além disso, os alunos têm a oportunidade de desenvolver tecnologia aplicada", explica Machado. 

Além da reciclagem como matéria-prima, o EPS já está se tornando útil em outras áreas produtivas. Em Curitiba funciona uma usina que utiliza o isopor na construção civil. O produto substitui a pedra britada na fabricação de concreto leve (mistura de cimento, areia, cola e isopor). O EPS também será utilizado no processo de compostagem no solo em outro projeto desenvolvido na capital paranaense. "É fundamental conscientizar a população de que o isopor não é um produto poluente e que existem soluções fáceis para seu reaproveitamento", diz o diretor da Termotécnica e presidente Associação Brasileira de Poliestireno Expandido (Abrapex), Albano Schmidt. 

fonte: A Notícia - www.an.com.br 
fonte: www.setorreclicagem.com.br

Esse produto é realmente um grande problema ambiental. É produzido a partir de um derivado do petróleo, o benzeno, que é cancerígeno. O benzeno por sua vez, é convertido em estireno e este finalmente é injetado com gases que lhe dão a consistência de espuma. Os gases mais comumente usados são os CFC's.

O isopor leva em média 500 anos para se decompor em ambiente natural. Por isso é importante que as pessoas se conscientizem e lutem para a eliminação dessas substâncias.

Recentemente um grupo de pesquisa da UNICAMP desenvolveu uma bioespuma produzida a partir de óleo de mamona, cana-de-açúcar e amido de milho que se decompõe em 2 anos e meio. Mas enquanto essa bioespuma não entra no mercado devemos estar atentos.

Fonte: www.profrios.hpg.ig.com.br

 
   

Um dos vilões do lixo por ocupar muito espaço nos aterros sanitários, o EPS - também conhecido como isopor - vem sendo reciclado graças a um projeto catarinense

Um acordo entre a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a empresa joinvilense Termotécnica está reciclando parte do material produzido no Estado, depois de mais de um ano de pesquisas nos laboratórios do departamento de engenharia química e de alimentos da universidade. "Estamos fazendo desse lixo um novo produto", explica o professor Ricardo Antônio Francisco Machado, coordenador do projeto.

Havia alguns anos, o isopor era considerado o vilão ambiental por ter em sua composição o temível gás clorofluorcarbono (CFC), maior agressor da camada de ozônio. Hoje, esse gás já foi substituído por outro componente, o isômero de pentano, mas o EPS continua sendo um dos responsáveis pelo entupimento dos lixões e aterros sanitários. Outra dificuldade é o transporte: um caminhão baú, por exemplo, só consegue transportar 190 quilos de EPS, tornando a reciclagem praticamente inviável. No Brasil se produz 40 mil toneladas de EPS e grande parte vai parar nos lixões.

O primeiro desafio dos pesquisadores era encontrar uma maneira de reduzir o volume do isopor. A equipe desenvolveu um equipamento para aglomerar o material, facilitando o transporte e diminuindo os custos. A segunda parte do projeto era saber o que fazer com o EPS. Como é um produto inerte (sofre poucas alterações ao longo do tempo) e não pode ser reutilizado para embalagens de alimentos, o desafio era transformar o antigo isopor em um novo isopor. E isso foi conseguido: hoje os pesquisadores mantêm uma fórmula de 20% do isopor velho mais 80% de estireno, formando um novo EPS. A descoberta de que a reciclagem do isopor não era tão difícil foi fruto de um trabalho de 20 pesquisadores, entre químicos, engenheiros e técnicos de laboratório. O projeto está sendo benéfico para os dois lados: a universidade recebe investimentos privados e abre mercado de estágio para seus alunos, enquanto a empresa utiliza o know-how para se tornar a primeira do Brasil a reciclar o EPS. "Ganha o meio ambiente, ganha a universidade, ganha a empresa.

Além disso, os alunos têm a oportunidade de desenvolver tecnologia aplicada", explica Machado.

Além da reciclagem como matéria-prima, o EPS já está se tornando útil em outras áreas produtivas. Em Curitiba funciona uma usina que utiliza o isopor na construção civil. O produto substitui a pedra britada na fabricação de concreto leve (mistura de cimento, areia, cola e isopor). O EPS também será utilizado no processo de compostagem no solo em outro projeto desenvolvido na capital paranaense. "É fundamental conscientizar a população de que o isopor não é um produto poluente e que existem soluções fáceis para seu reaproveitamento", diz o diretor da Termotécnica e presidente Associação Brasileira de Poliestireno Expandido (Abrapex), Albano Schmidt.

Fonte: www.setorreciclagem.com.br

O Isopor é um tipo de plástico, obtido do petróleo. Tecnicamente é conhecido como EPS que é a sigla internacional do Poliestireno Expandido. Foi criado nos laboratórios da Basf da Alemanha, em 1949.

É um plástico celular rígido expandido por gás. Neste processo de expansão, pérolas de 3 mm são aumentadas 50 vezes e o produto final possui 98% de ar e 2% poliestireno. O gás utilizado não contém CFC, que causa danos à camada de ozônio.

É RECICLÁVEL?

A princípio o isopor não agride e não contamina o meio ambiente, por ser em tese totalmente reciclável, mesmo não se decompondo na natureza e não sendo atacado por bactérias ou fungos.

É possível a sua reutilização como matéria prima para fabricação de outros produtos, inclusive transformando-se novamente em isopor.

Há muitas aplicações para o isopor, mas uma das mais significativas e importantes é o seu aspecto de isolante térmico, sendo muito utilizado nas construções européias para esta finalidade.

Na Europa ele faz parte da coleta seletiva, sendo reciclado com facilidade e não se tornando um problema ambiental.

Já no Brasil o isopor representa um problema ambiental, que decorre da falta de sua coleta seletiva, por que ela não tem sido economicamente viável.

Como o isopor é constituído em 98% de ar, ele é muito leve, mas volumoso. Assim, para se conseguir juntar uma tonelada de isopor serão necessárias muitas viagens de caminhão e um espaço enorme para seu armazenamento antes de ser reciclado.

O destino do isopor acaba sendo o aterro sanitário, onde ocupa um espaço imenso com um tempo de decomposição longo, o que agrava o problema.

Outro impacto ambiental relevante é quando o isopor vai parar no mar. Os peixes o confundem com alimento e acabam ingerindo-o, prejudicando sua alimentação. É comum peixes de todos os tamanhos, inclusive baleias terem em seu estômago isopor.

Fonte: www.ubaweb.com

RECICLAR ISOPOR

ISOPOR (POLIESTIRENO EXPANDIDO - EPS)

O ISOPOR

Poliestireno expandido, é um plástico celular e rígido, que pode apresentar numa variedade de formas e aplicações. Apresenta-se como uma espuma moldada, constituída por um aglomerado de grânulos.

O isopor é uma espuma formada a partir de derivados de petróleo, é o poliestireno expandido. Na sua antiga fabricação entrava o gás CFC, acusado de ser nocivo a camada de ozônio. Porém atualmente usa-se outro gás para expandir o poliestireno.

Nas instalações dos produtores de isopor, a matéria prima é sujeita a um processo de transformação física, não alterando as suas propriedades químicas. Esta transformação processa-se em três etapas :

a) A pré-expansão

A expansão do poliestireno (PS) expansível é efetuada numa primeira fase num pré-expansor através de aquecimento por contato com vapor de água. O agente expansor incha o PS para um volume cerca de 50 vezes maior do original. Daí resulta um granulado de partículas de isopor constituídas por pequenas células fechadas, que é armazenado para estabilização.

B) O ARMAZENAMENTO INTERMEDIÁRIO

O armazenamento é necessário para permitir a posterior transformação do isopor. Durante esta fase de estabilização, o granulado de isopor arrefece o que cria uma depressão no interior das células. Ao longo deste processo o espaço dentro das células é preenchido pelo ar circundante.

c) A moldagem

O granulado estabilizado é introduzido em moldes e novamente exposto a vapor de água, o que provoca a soldadura do mesmo; assim obtém-se um material expandido, que é rijo e contém uma grande quantidade de ar.

Para fabricar placas para a Construção Civil produzem-se blocos de isopor em grandes moldes paralepipédicos.

Para fabricar moldados em isopor, o granulado é insuflado para dentro de moldes com a conformação das peças pretendidas.

A escolha do tipo de matéria prima e a regulação do processo de fabricação, permitem a obtenção de uma ampla gama de tipos de isopor, com diversas densidades, cujas características se adaptam às aplicações previstas.

APLICAÇÕES E USOS

Duas características do Isopor têm fortalecido a sua presença no mercado consumidor, onde vem obtendo crescente participação: a leveza e a capacidade de isolamento térmico, às quais ainda se associa o baixo custo.

Têm sido utilizado na confecção de peças como:

As aplicações do isopor na construção civil são extraordinariamente variadas, salientando que o isopor, além de ser um excelente material de isolamento térmico, pode também ser um sistema construtivo.

VANTAGENS

Baixa condutibilidade térmica

A estrutura de células fechadas, cheias de ar, dificultam a passagem do calor o que confere ao isopor um grande poder isolante.

Leveza

As densidades do isopor variam entre os 10-30 kg/m3, permitindo uma redução substancial do peso das construções.

Resistência mecânica

Apesar de muito leve, o isopor tem uma resistência mecânica elevada, que permite o seu emprego onde esta característica é necessária.

Baixa absorção de água

O isopor não é higroscópico. Mesmo quando imerso em água o isopor absorve apenas pequenas quantidades de água. Tal propriedade garante que o isopor mantenha as suas características térmicas e mecânicas mesmo sob a ação da umidade.

Fácil de manusear e colocar

O isopor é um material que se trabalha com as ferramentas habitualmente disponíveis, garantindo a sua adaptação perfeita à obra.

O baixo peso do isopor facilita o manuseamento do mesmo em obra. Todas as operações de movimentação e colocação resultam significativamente encurtadas.

Resistente quimicamente

O isopor é compatível com a maioria dos materiais correntemente utilizados na construção de edifícios, tais como cimento, gesso, cal, água, etc.

Versátil

O isopor pode apresentar-se numa variedade de tamanhos e formas, que se ajustam sempre às necessidades específicas da construção.

Resistente ao envelhecimento

Todas as propriedades do isopor mantêm-se inalteradas ao longo da vida do material, que é pelo menos tão longa quanto a vida da construção de que faz parte.

O isopor não apodrece nem embolora, não é solúvel em água nem liberta substâncias para o ambiente. O isopor não constitui substrato ou alimento para o desenvolvimento de animais ou microrganismos.

Higiênico e totalmente inócuo

O isopor não constitui substrato ou alimento para o desenvolvimento de microrganismos, não absorve umidade nem liberta qualquer substância, podendo assim estar em contato direto com os produtos alimentares sem lhes alterar as características.

Promotor da venda

A apresentação atrativa de um produto no ponto de venda é determinante para o seu sucesso. O isopor permite criar uma apresentação de alto valor realçando o produto.

Econômico

Tomando em conta os diversos parâmetros como as quebras, mão de obra, manuseamento, baixo peso, transporte, armazenagem, a embalagem em isopor resulta economicamente vantajosa.

Adaptável aos produtos

As características do isopor permitem criar embalagens "à medida" de qualquer produto, tornando o isopor num material versátil que oferece sempre as máximas prestações.

CARACTERÍSTICAS

Baixo peso específico: podem ser obtidas densidades ao redor de 9 kg/m³ podendo chegar até mais de 40 kg/m³, normalmente, mais de 97% de seu volume é constituído de ar, as peças moldadas, possuem maior densidade que os blocos.

Durabilidade: não é conhecido o limite de idade do isopor, no entanto, as propriedades do isopor impõem a sua correta aplicação para que seja garantido um desempenho adequado ao longo do tempo.

A estrutura celular é danificada pelos solventes sendo este processo acelerado com temperaturas elevadas. Nestes casos terá de se evitar o contato ou exposição a vapores destes materiais.

Água, água do mar, soluções de sais

Materiais de construção correntes (cal, cimento, gesso)

Soluções alcalinas

Soluções ácidas fracas

Ácido clorídrico 35%

Ácido nítrico 50%

Sais, adubos

Betumes, produtos betuminosos diluídos com água

Álcool (+ ou -)

O Impacto no Meio Ambiente

O isopor é um produto sintético proveniente do petróleo e deriva da natureza, tal como o vidro, a cerâmica e os metais.

Na natureza o isopor leva 150 anos para ser degradado, conforme estimativas. Na natureza, pelotas de isopor são confundidas com organismos marinhos, como o plástico, e ingeridas por cetáceos e peixes, afetando-lhes o sistema digestivo.

Quimicamente, o isopor consiste de dois elementos, o carbono e o hidrogênio. O isopor não contem qualquer produto tóxico ou perigoso para o ambiente e camada de ozônio (está isento de CFCs). O gás contido nas células é o ar.

Por se tratar de um plástico e de ser muito leve, o processo de fabricação consome pouca energia e provoca pouquíssimos resíduos sólidos ou líquidos. O gás expansor incorporado na matéria prima (o poliestireno expansível) é o pentano.

O isopor pode ser considerado um produto ecológico, já que não contamina o solo, a água e o ar e é 100% reciclável e reaproveitável.

A utilização do isopor como isolamento térmico permite poupar energia que, durante a vida útil do edifício, pode chegar a ser centenas de vezes superior à energia consumida durante o seu fabricação. Esta economia de energia significa que, para além preservar os recursos energéticos, o uso de isopor reduz a emissão dos gases poluentes e dos gases que contribuem para o efeito estufa na atmosfera.

EXPERIÊNCIAS SOBRE O ISOPOR

Reaproveitamento do isopor para fabricar concreto leve

Curitiba vai ser a primeira cidade brasileira a reaproveitar o isopor que hoje é depositado como lixo nos aterros sanitários. Uma usina para fabricar concreto leve com a utilização do isopor coletado. A idéia do projeto é aproveitar o isopor para substituir a pedra britada na fabricação de concreto leve (mistura de cimento, areia, cola e isopor). Os produtos vão ser comercializados para pessoas físicas ou empresas, e a renda será destinada para o Instituto Pró-Cidadania e aplicada em ações sociais.

Além da fabricação de produtos, a usina vai desenvolver um projeto com o Horto Municipal para aproveitar o isopor no processo de compostagem. O isopor moído também pode ser aproveitado na aeração de solo em parques e jardins, já que facilita a retenção de umidade e mantém a temperatura do solo.

Considerado um dos "vilões" do lixo porque ocupa muito espaço nos aterros sanitários o isopor é composto por 98% de ar e apenas 2% de plástico e, portanto, economicamente inviável para a reciclagem (derretimento do produto para reaproveitá-lo como matéria-prima).

Além de aproveitar o isopor para a fabricação de produtos, o projeto lançado em Curitiba também prevê o desenvolvimento de novas tecnologias. Em parceria com o Instituto Pró-Cidadania, uma equipe de alunos e professores do Cefet-PR (Centro Federal de Educação Tecnológica) vai desenvolver uma pesquisa sobre a construção de casas utilizando o concreto leve.

Os estudos vão incluir ensaios técnicos para verificar dados como a resistência do isopor ao fogo, à compressão e à dilatação. O concreto leve pode ter várias vantagens na construção, já que apresenta um custo mais baixo e pode funcionar como isolante térmico e acústico.

A idéia é realizar testes para definir as características do material e avaliar as possibilidades de utilização do produto. Indústrias que utilizam o isopor nas suas embalagens também poderão fazer parcerias com a usina de concreto leve, já que muitas delas não têm uma destinação adequada para o produto.

A própria norma ISO 14.000, que trata da qualidade ambiental, exige que todos os resíduos que saem da empresa têm que ter uma destinação correta. Com o lançamento desse projeto, vamos auxiliar as empresas a alcançar essa meta no descarte do isopor.

No mundo todo, são consumidos anualmente cerca de 2,5 milhões de toneladas de EPS. No Brasil, esse consumo pulou de 9 mil toneladas em 1992 para 36,5 mil no ano passado, um aumento de quase 300%.

POSSÍVEL SUBSTITUIÇÃO DO EPS POR UM COMPOSTO BIODEGRADÁVEL

Um composto biodegradável que poderá substituir o isopor na maioria de suas aplicações foi desenvolvido pela empresa Kehl, instalada em São Carlos, no interior paulista. Obtido a partir do óleo de mamona, o novo produto foi patenteado com o nome de bioespuma.

O composto é produzido à base de biomassa, ou seja, é um recurso renovável. Sua síntese envolve três reações: duas esterificações, a primeira entre o óleo de mamona e o amido, e a segunda com óleo de soja. O produto obtido, um poliol, deve reagir ainda com um isocianato (NCO) para que se chegue a uma espuma poliuretana biodegradável a bioespuma.

Trata-se de um polímero caracterizado principalmente pela ligação química uretana (RNHCOOR), que lhe dá rigidez e flexibilidade. É a ligação uretana a principal responsável pelas propriedades físicas da bioespuma, como textura, densidade, resistência à compressão e resiliência. Essas características assemelham-se muito às do isopor. Trata-se de um intermediário entre a espuma tradicional e o isopor, plenamente capaz de substituí-lo, explica Ricardo Vicino, químico responsável pela descoberta do composto.

Já a bioespuma se decompõe em um tempo consideravelmente menor. Testes feitos na empresa mostraram que entre oito meses e um ano ela desaparece totalmente no meio ambiente. Durante o verão esse tempo pode ser reduzido a até três meses, garante Vicino. Assim, o material pode ser classificado como biodegradável.

Fonte: www.ambientebrasil.com.br