A
Abrev. = abreviatura
Acúst. = acústica
Ades. = adesivo
Adm.. = administração
Aer. = aeronáutica
Agr. = agrimensura
Al. = alquimia
Aleg. = alegoria
Alg. = álgebra
Anat. = anatomia
Antron. = antropologia
Ap. = aparelho
Aperf. Fís. = aperfeiçoamento físico
Apicult. = apicultura
Arit. = aritmética
Arqueol. = arqueologia
Arquit. = arquitetura
Art. Bél. = arte bélica
Art. Belig. Arte beligerante
Artif. = artifício
Art. Cinemat. = arte cinematográfica
Art. Escr. = arte de escrever
Art. Fotogr. = arte fotográfica
Astron. = astronomia
Atmosf. = atmosfera
Astronaut. = astronáutica
Autom. = automobilismo
Av. = aviação
B
Bact. = bacterologia
Beb. Àlc. = bebida alcoólica
Bibliogr. = bibliografia
Bijut. = bijuteria
Biogr. = biografia
Biofís. = biofísica
Biotip. = biotipologia
Bioq. = bioquímica
Bot. = botânica
Bras. = brasileirismo
C
Calend. = calendário
Calor. = caloria
Cineg. = cinegética
Ciên. = ciência
Cir. = cirurgia
Climat. = climatologia
Comer. = comércio
Comem. = comemoração
Cond. = condução
Const. = construção
Cont. = contabilidade
Coreog. = coreografia
Crend. = crendice
Cronol. = cronologia
Cost. = costume
Cut. = cutelaria
D
Demogr. = demografia
Dep. = depósito
Des. = desenho
Diplom. = diplomacia
Dir. = direto
Dir. can. = direito canônico
E
Econ. Polít. = economia política
Edif. = edifício
Eletr. = eletricidade
Eletron. = eletrônica
Embriol. = embriologia
Eng. = engenharia
Enol. = enologia
Entom. = entomologia
Epidemiol. = epidemiologia
Espir. = espiritismo
Escolást. = escolástica
Esp. = esporte
Equit. = equitação
Estat. = estatística
Estét. = estética
Etnogr. = etnografia
Etnol. = etnologia
Exped. = expedição
F
Farmac. = farmacologia
Festv. = festividade
Fetich. = fetichismo
Filat. = filatelia
Filol. = filologia
Filos. Ou Fil. = filosofia
Fin. = finanças
Fís. = física
Fisiol. = fisiologia
Folcl. = folclore
Font. Ener. = fonte de energia
Fot. = fotografia
Fotom. = fotometria
G
Galvanogr. = galvanografia
Geneal. = genealogia
Genet. = genética
Geod. = geodésia
Geof. = geofísica
Geogr. Ou Geog. = geografia
Geol. = geologia
Geom. = geometria
Gramát. Ou Gram. = gramática
H
Hagiogr. = hagiografia
Heral. = heráldica
Hidrod. = hidrodinâmica
Hidrogr. = hidrografia
Hip. = hipismo
Hist. = história
Hist. Nat. = história natural
Histol. = histologia
Hortic. = horticultura
I
Ictiol. = ictiologia
Impr. = imprensa
Ind. Gráf. = indústria gráfica
Intr. Mus. = instrumento musical
Invest. = investidura
L
Laticín. = laticínios
Legis. = legislação
Lit. = liturgia
Liter. = literatura
Lingüst. = lingüística
Loc. De Anal. = local de análise
Log. = lógica
Lograd. Públ. = logradouro público
Ludol. = ludologia
M
Máq. Ind. = máquina industrial
Mar. = marítimo
Mat. = matemática
Mat. Sint. = material sintético
Mec. = mecânica
Med. = medicina
Met. ou Meteor. = meteorologia
Metal. = metalurgia
Metaf. = metafísica
Metrol. = metrologia
Micol. = micologia
Mil. = militar, milícia
Mím. = mímica
Miner. = mineralogia
Mitol. = mitologia
Mobil. = mobiliário
Mod. = moda
Morf. = morfologia
Mov. E Uteus. = móveis e utensílios
Mús. = música
N
Nacion. = nacionalidade
Náut. = náutica
Nesogr. = nesografia
Numism. = numismática
O
Obj. = objeto
Obstetr. = obstetria
Odont. = odontologia
Ofíd. = ofídios
Ópt. = óptica
Org. Educ. = organização educacional
Org. Nac. = organização nacional
Ornat. = ornamento
Ornit. = ornitologia
P
Paleogr. = paleografia
Paleont. = paleontologia
Paleol. = paleologia
Paleozol. = paleozologia
Pat. ou Patol. = patologia
Paviment. = pavimentação
Ped. = pedagogia
Perf. = perfumaria
Pet. = petrografia
Pint. = pintura
Pirotec. = pirotecnia
Pisc. = pisciculatura
Poét. = poética
Polít. = política
Potam. = potamografia
Prod. = produto
Prod. Ol. = produto oleoso
Prod. Sint. = produto sintético
Prof. = profilático
Psic. = psicanálise
Psicol. = psicologia
Q
Quím. = química
R
Radiotéc. = radiotécnica
Rel. Ext. = relações exteriores
Relg. ou Rel. = religião
Recr. Esp. = recreação esportiva
Recr. Lúd. = recreação lúdica
Ret. = retórica
S
Saneament. Bás. = saneamento básico
Silvicult. = silvicultura
Símb. = símbolo
Sociol. = sociologia
Supl. = suplício
T
Tab. = tabacaria
Taquigr. = taquigrafia
Taur. = tauromaquia
Trad. = tradução
Técn. - técnica
Tecnol. = tecnologia
Teat. = teatro
Teol. = Teologia
Ter. = teratologia
Terap. = terapêutica
Tipogr. = tipografia
Tít. Honor .= título honorifico
Topogr. = topografia
Tox. = toxicologia
Trad. = tradução
Transp. = transporte
Trig. = trigonometria
Turism. = turismo
U
Umb. = umbanda
Utens. Domést. = utensílio doméstico
V
V. = vide
Vinic. = vinicultura
Veter. = veterinária
Z
Zool. = zoologia
Zootec. = zootecnia
Acentuação: É o modo de proferir um som ou grupo de sons com mais relevo do que outros.
O acento é de intensidade (força, acento dinâmico, expiratório ou icto ). Quando o relevo consiste no maior esforço expiratório . Diz-se q o acento é musical.
O português e as demais línguas românticas , o inglês, alemão são línguas
de acento de intensidade;
o latim e o grego possuem acento musical.
· Em Português, geralmente a sílaba tônica coincide com a sílaba tônica da palavra latina de que se origina.
Acento de intensidade e sentido do vocábulo: Este acento desempenha importante papel lingüístico, para a significação do vocábulo.
Acento principal e acento secundário: Geralmente ocorre o acento secundário na sílaba radical dos vocábulos polissilábicos derivados, cujos primitivos possuam acento principal: rápido - rapidamente.
Acento de insistência e emocional. Entra em jogo a quantidade da vogal e da consoante, pois, quando se quer enfatizar uma palavra insiste-se mais demoradamente na sílaba tônica.
Ex.: "Os dois garotos, porém esperneiam com a mudança da mãe: -
Mentira!!... Mentiiiiiiiiiira!!
Mentiiiiiiiiiiiiira!! - berra cada um para seu lado"
( Humberto de Campos, Sombras que sofrem)
1. ( Moderna Gramática Portuguesa )
2. ( autor: Evanildo Bechara. )
3. (pag.52)
acentuação gráfica.
1. Vocábulos Oxítonos.
Devem ser acentuados os vocábulos oxítonos e os monossílabos tônicos terminados em a, e, o, seguidos ou não de s.
Exs.:
Em a (s): aliás, atrás, chá, dará, quiçá, satanás, etc.
Em es (s): através, café, cortês, você, vê, pés, etc.
Em o (s): após, avó, dominó, vovô, pôs, sós, etc.
Não devem ser acentuados os vocábulos oxítonos e os monossílabos tônicos terminados em i, u, seguidos ou não de s.
Exs.:
Em i (s): ali, aqui, cambuci, gibi, guarani, guri etc.
Em u(s): bambu, chuchu, indu, obus, perus, jus, etc.
Obs.
Devem ser acentuadas as formas verbais terminadas em a, e, o, tônicas, seguidas
de pronomes complementos lo, la, los, las.
Exs.:
Em a: amá-lo, louva-lo, dá-los, acompanhá-las, ouvi-la-ás, etc.
Em e: conhecê-lo, vê-la, movê-los, percebê-las, resolvê-la-íeis etc.
Em o: compô-lo, dispô-lo, indispô-lo-emos, predispô-lo-ão etc.
2. Vocábulos oxítonos
Devem ser acentuados os vocábulos oxítonos terminados por em ou ens,
colocando-se sobre o e o acento agudo.
Exs.:
Além, alguém, desdém, ninguém, também, vintém, convéns, etc.
Não devem ser acentuados os monossílabos nem os paroxítonos terminados por
em ou ens
Exs.:
Monossílabos: bem, cem, trem, tem, ( 3ª pess. Sing.), tens, vem (3ª pess.
Sing.), vens, etc.
Paroxítonos: jovem, item, nuvens, etc.
Obs.:
a. Devemos colocar acento circunflexo na sílaba tônica das formas verbais de
terceira pessoa do plural do presente do ind. dos verbos ter e vir, e de seus
derivados
Exs.:
TER: VIR DERIVADOS DERIVADOS
ele tem ele vem ele contém ele intervém
eles têm eles vêm eles contêm eles intervêm
ele retém ele sobrevém
eles retêm eles sobrevêm
b. Devemos colocar acento circunflexo sobre o primeiro e da terminação eem (3ª pess.Pl.) dos verbos crer, dar, ler e ver, bem como de seus derivados.
Exs.:
CRER: DAR: LER: VER:
Crêem Dêem lêem vêem
DERIVADOS:
Descrêem desdêem relêem revêem
Nota: As formas acima são paroxítonas.
3. Vocábulos Paroxítonos.
Devem ser acentuados os vocábulos paroxítonos terminados em r, x, n, i (palavra mnemônica: rouxinol).
Exs.:
Em r: aljôfar, açúcar, néctar, etc.
Em x: bórax, códex, fênix, etc.
Em n: abdômen, cânon, pólen, etc.
Em i: afável, ágil, cônsul, etc.
Devem ser acentuados os vocábulos paroxítonos terminados em i(s), us, um, uns, ão(s), ã(s), ei(s), os.
Exs.:
Em i(s): beribéri, tênis, grátis, etc.
Em us: bônus, vírus, múnus, etc.
Em um: álbum, médium, etc.
Em uns: álbuns, médiuns, etc.
Em ão(s): órfão, sótãos, etc.
Em ã(s): órfã, irmã, etc.
Em ei(s): afáveis, louváveis, etc.
Em ps: fórceps, bíceps, etc.
4. Vocábulos Paroxítonos:
Devem ser acentuados os vocábulos paroxítonos terminados em encontros vocálicos átonos seguidos ou ñ de s tais encontros vocálicos são ditongos crescentes: ea(s), eo(s), ia(s), ie(s), io(o), ao(s), ua(s), ue(s), uo(s).
Exs.:
Em ea(s): álea, côdeas, etc.
Em io(s): colégio, pátios, etc. Em
Em eo(s): argênteo, terráqueos, etc.
Em ia(s): ânsia, vitórias, etc.
Em ie(s): calvície, espécie, etc.
Em oa(s): amêndoa, mágoas, etc.
Em ua(s): água, espáduas, etc.
Em ue(s): tênue, bilíngue, etc.
Em uo(s): árduo, ingênuos, etc.
5. Vocábulos proparoxítonos:
Devem ser acentuados todos os vocábulos proparoxítonos.
Exs.:
Álcool, ângulo, aeróstato, ágape, bígamo, bárbaro, cálice, chácara, cândido,
chávena, cônjuge, cúpula, diácono, déspota, lépido, ônibus, plêiade, trânsfuga,
úbere vermífugo, zéfiro, etc.
6. Hiatos:
Devem ser acentuados o i ou o u, tônicos, q formam silabas sozinhos ou com s, e se apresentam em hiato com uma vogal anterior.
Exs.:
Com i(s): ateísmo, baía, Avaí, faísca, jacareí, pirajuí, etc.
Com u(s): ataúde, baú, balaústre, viúvo, etc.
Obs.:
a. Se, no caso acima, ocorrer nh depois do i tônico, este ñ se acentua.
Exs.: rainha ( ra-i-nha ) , tainha (ta-i-nha), etc.:
b. Não se acentuam também o i ou o u tônicos da base dos ditongos iu ou ui,
quando antes deles vem uma vogal.
Exs.:
Atraiu (a-tra-iu), pauis (pa-uis), etc.
7. hiatos:
Recebe acento circunflexo o penúltimo o fechado do hiato oo(s), nas palavras
paroxítonas .
Exs.:
Abençôo, atraiçôo, vôos, etc.
Não deve ser acentuado o penúltimo o fechado dos hiatos ao(s), nas palavras
paroxítonas.
Exs.:
Boa, garoa, garoas, abençoe, voe, etc.
8. Ditongos:
Devem ser acentuadas as vogais e ou o tônicas abertas, dos ditongos ei, eu, oi.
Exs.:
Éi: anéis, atéia, idéia, etc.
Éu: céu, mausoléu, troféu, etc.
Ói: alcalóide, apóio, jóia, etc.
9. Trema:
Deve ser colocado o trema sobre o u dos grupos gue, gui, que, qui, quando esse u é pronunciado e átono.
Exs.:
Gue: agüentar, ungüento, etc.
Gui: lingüiça, lingüística, etc.
Que: freqüente, eloqüente, etc.
Qui: tranqüilo, ubiqüidade, etc.
Obs.:
a. O uso do trema é facultativo quando é facultativa a pronuncia do (u).
Ex.: sangüíneo ou sangüíneo.
b. Se o (u) dos grupos gue, gui, que, qui, ñ somente for pronunciado, mas
tbm tônico, deve receber o cento agudo.
Ex.: argúi, argúis.
10. acento diferencial:
Recebem acento agudo diferencial os seguintes vocábulos tônicos que tem a mesma escrita que outros átonos
Tônicos: Átonos:
Ás (subst.masc.).....................................................às
(contração)
Pára (verbo)...........................................................para
(preposição)
Péla(s) (s.m.), péla(s) (verbo)................................pela (s)(per +
la(s))
Pélo (verbo)............................................................pelo
(per + lo)
Pólo(s) subst.)..........................................................polo(s)
(por + (s))
Recebem acento circunflexo diferencial os seguintes vocábulos tônicos que têm
a mesma escrita que outro átonos
Tônicos: Átonos:
Pêlo(s) (subst.).............................................................pelo(s)
(contração)
Pôr
(verbo)..................................................................por
(preposição)
Porquê (subst.)............................................................porque
(conjunção)
Recebem acento circunflexo a forma verbal "pôde, 3ª pessoa do singular do
pretérito perfeito do indicativo, para diferenciar de "pode", 3ª
pessoa do singular do presente do indicativo.
11. Emprego do hífen
a. ligar pronomes átonos enclíticos e mesocliticos às formas verbais, e unir os pronomes enclíticos lo, la, los, las, aos pronomes nos e vos e à palavra eis. Ama-la, vende-os.
b. Separar os sufixos açu, guaçu, mirim, quando o primeiro elemento termina por vogal acentuada graficamente ou por tônica nasal: andá-açu, cajá-mirim.
c. Separar , nas palavras compostas, elementos justapostos , e, nas derivadas por prefixação, o prefixo do radical.
Ø Hífen separando elementos compostos por justaposição.
Ø Regra geral:
(a) Substantivo + substantivo: banho-maria.
(b) Substantivo + preposição + substantivo: copo-de-leite.
(c) Subst. + adjt.: amor-perfeito
(d) adjt. + subst.: baixo-relevo
(e) verbo + subst.: arranha-céu
(f) adjt + adjt.: côncavo-convexo
(g) verbo + verbo.: ganha-perde.
(h) Advérbio + adjt.: abaixo-assinado.
Obs.:
Pode ocorrer, às vezes, q um dos elementos do nome composto perca seu acento próprio.
Em tal caso desaparece a consciência da composição, e ñ se usa o hífen.
Exs.: aguarrás, alçapão, bancarrota, girassol, madrepérola, passatempo,
rodapé,
etc.
12. Hífen separando prefixos:
1. Os prefixos q seguem devem ser separados por hífen, independentemente da letra com q se inicia o segundo elemento.:
Ø PREFIXOS: EXEMPLOS.:
Ø Além-, aquém-, recém-, Além-túmulo, além mar,
Ø Pós-, pré-, pró-. Pós-datar, pré-carnavalesco.
Ø Bem-. Sem-. Bem-aventurado, sem-vergonha.
Ø Sota-, soto-, vice-. Sota-vento, soto-mestre, vice-rei.
Ø Nuper-. Nuper-falecido, nuper-publicado.
Ø Ex-, (no sentido de "que já foi", estado anterior) ex-aluno,
ex-presidente.
Ø Co-, (no sentido de "a par, "juntamente",) co-produção,
co-autor, co-seno.
(Ficam, excluídas as formas tradicionais:
coabitar, coadjutor, coirmão, cologaritmo)
2. se o segundo elemento principiar por h, r, s ou qualquer vogal, os prefixos q seguem devem ser separados.
Ø Prefixos: Exemplos (de acordo com a regra) Exemplos (fora da regra)
Ø Auto-, neo-, proto-, auto-hemoterapia, neo-realista, autobiografia,
Pseudo-, proto-histórico, pseudo-heroi. Neoclássico.
Ø Intra-, extra-, infra-, intra-regulamentar, extra-humano intramedular,
extralegal,
Supra-, ultra, contra-, infra-hepático, supra-renal, infravermelho, contrafé
Semi-. Ultra-som, contra-atacar, semivogal.
Semi-reta.
3. Se o segundo elemento principiar por h, r ou s, devem ser separados.
Ø Prefixos: Exemplos( com regra) Ex.: (fora da regra)
Ante-, anti-, arqui-, ante-histórico, anti-rábico, antecâmara, anticristo
Sobre-. Arqui-rabino, sobre-saia arquiduque, sobrecapa.
4. Se o segundo elemento principiar por h, ou r devem ser separados.
Ø Prefixos: Exemplos( com regra) Ex.: (fora da regra)
Ø Inter-, super-. Inter-residente, super-homem. Interação, superagudo.
5. Se o segundo elemento principiar por h, ou por vogal devem ser separados.
Ø Prefixos: Exemplos( com regra) Ex.: (fora da regra)
Ø Circum-, com-, circum-hospitalar, com-aluno, circumpolar, compasso
Mal-, pan-, mal-educado, pan-americano. Malcriado, pandemônio
6. Se o segundo elemento principiar por r (múltiplo), devem ser separados.
Ø Prefixos: Exemplos( com regra) Ex.: (fora da regra)
Ø Ab-, ob-, sob-, ab-rogar, ob-recepção, abdução, oblongo,
Sob-roda. Sobpor.
DEFINIÇÃO:
Adjetivo é palavra que modifica o substantivo, atribuindo-lhe um estado, qualidade ou característica. Portanto, o adjetivo também se refere aos seres; daí que a distinção feita entre o substantivo e o adjetivo não é semântica (de significado), e sim funcional (de função). Ex.:
homem bom, pessoa doente, mulher honesta, dia chuvoso
CLASSIFICAÇÃO:
O adjetivo pode ser primitivo, derivado, simples e pátrio.
I - Adjetivo Primitivo
É aquele que não deriva de outra palavra em português:
marido fiel
dinheiro falso
vestido novo
II - Adjetivo Derivado
É o adjetivo que deriva de um substantivo, de um verbo ou de outro adjetivo:
salto mortal > morte - mortal
subst. adj. derivado
coisa lamentável > lamentar - lamentável
verbo adj. derivado
III - Adjetivo Simples
É o adjetivo que tem um único elemento:
blusa verde
produto brasileiro
IV - Adjetivo Composto
É o adjetivo formado por dois ou mais elementos:
blusa verde-clara
produto anglo-brasileiro
V - Adjetivo Pátrio ou Gentílico
É o adjetivo que se refere a nacionalidade ou a lugar de origem:
selo holandês
comida baiana
LOCUÇÕES ADJETIVAS
Em Gramática, chama-se locução à reunião de duas ou mais palavras com valor de uma só. Locução adjetiva é portanto, a reunião de duas ou mais palavras equivalente a um único adjetivo.
Geralmente, as locuções adjetivas são formadas por uma Preposição e um substantivo, como nos exemplos:
dente de cão = (canino)
água de chuva = (pluvial)
Ou por uma preposição e um advérbio, como no exemplos:
Pneus de trás = (traseiros)
jornal de ontem
É bom atentar para o fato de que nem toda locução adjetiva possui um adjetivo correspondente, como em:
mulher sem graça
herói sem nenhum caráter
em que as locuções destacadas são evidentemente adjetivas, apesar de não possuírem um adjetivo equivalente:
sem graça não é o mesmo que desgraçada!
sem nenhum caráter não é o mesmo que descaracterizado!
FLEXÃO
O adjetivo pode variar em gênero, número e grau.
I - Flexão de Gênero
Quanto ao gênero, os adjetivos classificam-se em uniformes e biformes.
1 - Adjetivos biformes
São adjetivos que têm duas formas diferentes: uma para o masculino e outra para o feminino. Veja os exemplos:
copo vazio > panela vazia
sapatos sujos > meias sujas
2 - Adjetivos uniformes
São adjetivos que têm uma só forma para indicar tanto o masculino quanto o feminino:
cheiro suave > cor suave
gato selvagem > gata selvagem
Formação de feminino
1 - Feminino dos adjetivos simples
a - Regra geral: troca-se o o por a:
belo - bela
alto - alta
b - Acrescenta-se a aos adjetivos terminados em u, ês e or:
nu - nua
francês - francesa
c - Adjetivos terminados em ão fazem o feminino em:
ã: homem cristão / mulher cristã
ona: professor brincalhão / professora brincalhona
d - Adjetivos terminados em eu fazem o feminino em éia:
governo europeu / revista européia
Exceção: judeu > judia
2 - Feminino dos Adjetivos Compostos
Nos adjetivos compostos só o último elemento vai para o feminino:
calção amarelo-claro / camisa amarelo-clara
instrumento médico-cirurgião / máscara médico-cirurgica
II - Flexão de Número
Formação do plural
1 - Plural dos adjetivos simples
O adjetivo simples fica no singular ou vai para o plural, concordando com o substantivo a que se refere:
rua larga / ruas largas
criança feliz / crianças felizes
Os adjetivos que indicam nome de cor seguem também essa regra.
No entanto, se o nome da cor for um substantivo adjetivado, ele não sofre variação:
camisa cinza / Camisas cinza
gravata abóbora / gravatas abóbora
As palavras cinza e abóbora são substantivos que podem ser empregados como adjetivos. Portanto, não variam.
2 - Plural dos adjetivos compostos
No adjetivo composto, só o último elemento vai para o plural:
cantor norte-americano / cantores norte-americanos
Alguns adjetivos compostos não seguem essa regra.
São invariáveis azul-marinho e azul-celeste:
sapato azul-marinho / sapatos azul-marinho
camisa azul-celeste / camisas azul-celeste
b- São invariáveis os adjetivos compostos referentes a cores, quando o segundo elemento da composição for um substantivo:
tecido verde-abacate / tecidos verde-abacate
c- Para formar o plural de surdo-mudo flexiona-se os dois elementos:
menino surdo-mudo / menina surda-muda
III - Flexão de Grau
Observe:
Ela ficou irritada com a notícia.
Ela ficou irritadíssima com a notícia.
Os dois adjetivos indicam a mesma característica, mas na segunda frase ocorre uma variação na intensidade. Isso significa que o adjetivo pode expressar graus diferentes de intensidade de uma característica que se atribui a um determinado ser.
Grau normal:
Em geral , o adjetivo aparece em seu grau normal, como na primeira frase:
Ela ficou irritada com a notícia.
Para expressar as variações de intensidade, o adjetivo apresenta-se em dois graus diferentes:
Grau comparativo:
Ele ficou mais irritado que você.
Ele ficou tão irritado quanto você.
Grau superlativo:
Ela ficou muito irritada.
Ela ficou irritadíssima
1 - Grau comparativo
O grau comparativo expressa os seguintes tipos de comparação:
Duas qualidades diferentes do mesmo ser:
João é gordo e alto.
Podemos comparar a intensidade destas duas características em João:
João é mais gordo do que alto. (o adjetivo gordo está no comparativo de superioridade)
João é tão gordo quanto alto. (o adjetivo gordo está no comparativo de igualdade)
João é menos gordo que alto. (o adjetivo gordo está no comparativo de inferioridade)
A mesma característica em dois ou mais seres:
Alberto é alto. Luís é alto.
Alberto é mais alto que Luis. (comparativo de superioridade)
Alberto é tão alto quanto Luis. (comparativo de igualdade)
Alberto é menos alto que Luis.(comparativo de inferioridade)
Fica fácil perceber que, para expressar o grau comparativo, não temos que mudar a forma do adjetivo. Utilizamos as seguintes construções:
Para o comparativo de superioridade:
mais ... que > Ele é mais alto que ela.
Mais ... do que > Ele é mais alto do que ela.
...quero deixar bem claro que os gestos são mais importantes que os discursos.
Para o comparativo de igualdade:
tão ... quanto > Ele é tão alto quanto ela.
Tão ... como > Ele é tão alto como ela.
... como > Ele é alto como ela.
São muito comuns também, na língua falada do Brasil, as expressões que nem e feito para indicar o comparativo de igualdade.
Ele é alto que nem um gigante.
Ela ficou vermelha feito um pimentão.
Para o comparativo de inferioridade:
menos ... que > Ele é menos alto que ela.
menos ... do que > Ele é menos alto do que ela.
2 - Grau superlativo
Compare:
muito nervoso - nervosíssimo
As formas muito nervoso e nervosíssimo expressam uma característica intensificada no seu grau máximo. O adjetivo nervoso, nesses casos, está no grau superlativo.
Veja outros exemplos de adjetivo no grau superlativo:
Sônia está se mostrando um mulher muito forte, mas está muito abalada.
O superlativo pode ser absoluto ou ralativo.
Superlativo absoluto
A qualidade apresenta-se no seu grau mais intenso. Quando se utiliza o superlativo absoluto, o ser de que se fala não aparece relacionado a outro.
Músculos muito fortes.
Músculos fortíssimos.
Conforme se vê os dois adjetivos têm o mesmo valor. Portanto, o superlativo absoluto admite duas formas de expressão:
forma analítica:
Ela é muito forte.
Ela é extremamente feliz.
Aquele pacote está muito pesado.
O adjetivo não foi flexionado. Para indicar a intensidade do grau, podemos empregar palavras como muito, extremamente, grandemente etc.
forma sintética:
Ela é fortíssima
Ela é felicíssima.
Aquele pacote está pesadíssimo.
Neste caso, o adjetivo foi flexionado. Utilizou-se o sufixo íssimo para indicar intensidade.
Superlativo relativo
No superlativo relativo, a qualidade apresenta-se no seu grau mais intenso, em relação a outros seres do mesmo grupo. Vejamos.
O corredor se diz o mais veloz em relação aos demais corredores da Fórmula Indy.
O superlativo relativo pode ser:
de superioridade: Ela é a mais bonita da classe.
de inferioridade: Ele é o menos bonito da classe.
Esse superlativo resulta de uma espécie de comparação.
Comparando uma característica de todos - a altura - teremos:
Rolando é o mais alto do time. ( superlativo relativo de superioridade)
Marcel é o menos alto do time. (superlativo
relativo de inferioridade)
Como se vê, intensificamos a característica, mas em relação a um determinado grupo (o time). Por isso, este grau chama-se superlativo relativo.
Superlativo Absoluto Sintético
Esse superlativo merece um estudo mais aprofundado.
Para compor essa forma, seguimos determinadas regras:
1 - Acrescenta-se o sufixo -íssimo ao adjetivo:
normal > normalíssimo
fraco > fraquíssimo
2 - Os adjetivos terminados em -vel formam o superlativo absoluto sintético em -belíssimo:
terrível > terribilíssimo
confortável > confortabilíssimo
3 - Os adjetivos terminados em -z formam o superlativo absoluto sintético em -císsimo:
feliz > felicíssimo
feroz . ferocíssimo
4 - Os adjetivos terminados em -m formam o superlativo absoluto sintético em -níssimo:
comum > comuníssimo
MORFOSSINTAXE
A função adjetiva básica é pois, a de adjunto adnominal.
tranqüilos
inseguros
Os homens maus
bons
convictos
É fácil perceber que o adjetivo pode ser adjunto adnominal de um substantivo em qualquer função sintática. Repare que o adjunto adnominal é um termo acessório da oração, pois sua ausência não compromete a significação da mesma.
delicada.
difícil.
A existência é frágil.
sutil.
criativa.
Nesta oração, que como já vimos, possui predicado nominal, o adjetivo exerce função de predicado. Lembre-se de que essa função também pode ser exercida por um substantivo. Aliás, é por essas semelhanças funcionais (ligadas às semelhanças morfológicas) que adjetivos e substantivos recebem a denominação comum de nomes.
DEFINIÇÃO
Artigo é a palavra variável em gênero e número que precede o substantivo, determinando-o de modo preciso ou vago, indicando-lhe o gênero e o número: o livro, as fábricas, uns livros, uma fábrica.
CLASSIFICAÇÃO
I - Artigo indefinido
É utilizado para generalizar, indeterminar, indefinir um substantivo: um, uma, uns, umas.
uma fera - um menino - um professor - um país
II - Artigo definido
É utilizado para individualizar, determinar, definir um substantivo: o, a, os, as.
A fera - o menino - o professor - o país
Imediatamente antes do substantivo:
Um pássaro cantava no jardim.
A gorda cartomante sorria.
Antes de outros termos que também se referem ao substantivo:
Um misterioso pássaro cantava no jardim.
A gorda cartomante sorria.
EMPREGO DOS ARTIGOS
É obrigatório o emprego do artigo definido entre o numeral ambos e o substantivo a que se refere.
O juiz solicitou a presença de ambos os cônjuges.
Nunca deve ser usado artigo depois do pronome relativo cujo (e flexões).
Este é o homem cujo amigo desapareceu.
Este é o autor cuja obra conheço.
c)não se deve usar artigo antes das palavras casa ( no sentido de lar, moradia) e terra ( no sentido de chão firme), a menos que venham especificadas.
Eles estavam em casa.
Eles estavam na casa dos amigos.
Os marinheiros permaneceram em terra.
Os marinheiros permanecem na terra dos anões.
d)Não se emprega artigo diante da maioria dos nomes de lugar.
Passaram o carnaval em Salvador
Florianópolis é capital de Santa Cantarina.
Nevou muito em Roma.
Brasília é a capital da República.
É facultativo o emprego do artigo definido diante dos pronomes possessivos.
Deixaram meu livro na sala. = Deixaram o meu livro na sala.
Não conheço sua namorada. = não conheço a sua namorada.
Com nomes de pessoas, geralmente não se usa artigo.
Lígia não compareceu à cerimônia.
Capitu é personagem de um romance de Machado de Assis.
Napoleão mudou os rumos da Revolução Francesa.
Não se emprega artigo antes dos pronomes de tratamento, com exceção de senhor(a), senhorita e dona.
Vossa excelência resolverá os problemas de Sua Senhoria.
Emprega-se o artigo definido com o superlativo.
Não consegui resolver as questões mais difíceis.
Depois do pronome indefinido todo, emprega-se artigo quando se quer dar idéia de qualquer dar idéia de qualquer, omite-se o artigo.
Ele leu todo o livro. (o livro inteiro)
j) Não se une com preposição o artigo que faz parte do nome de revistas, jornais, obras literárias.
Li a notícia em O Estado de S. Paulo.
MORFOSSINTAXE
Com você percebeu, precisamos , para definir o que é artigo, mencionar suas relações com o substantivo. Assim, nas orações da língua portuguesa, o artigo exerce a função de adjunto adnominal do substantivo a que se refere. Tal função independe da função exercida pelo substantivo:
A uma
existência é poesia.
Uma a
BIBLIOGRAFIA
* CURSO PRÁTICO DE GRAMÁTICA
ERNANI TERRA
EDITORA SCIPIONE
* GRAMATICA COMTEPORANIA DA LÍNGUA PORTUGUESA
JOSÉ NICOLA / ULISSES INFANTE
EDITORA SCIPIONE
CONCLUSÃO
Concluo que este trabalho me ajudou a entender mais sobre (Artigo e Adjetivo).
1. CONCEITUAÇÃO:
Substantivo é a classe de palavra que:
a)- do ponto de vista semântico, designa todo tipo de ser:
pessoas, coisas, divindades, etc.;
b)- do ponto de vista mórfico, assume as categorias de
gênero (masculino/feminino), e número
(singular/plural);
c)- do ponto de vista sintático, funciona sempre como suporte
ao qual se associam palavras
modificadoras.
2. DEFINIÇÃO:
Substantivo é a palavra ou termo (grupo de palavras ou oração) com
que, em geral, nomeamos as coisas ou seres.
3. CLASSIFICAÇÃO:
a)- Comuns: Envolvem um conjunto de propriedades básicas e se aplicam
comumente a muitos seres ou coisas de uma só espécie, Ex: homem, cachorro, caderno, lápis...
b)- Próprios: Designam um ser ou uma coisa entre seres e coisas da
mesma espécie e a este ser ou a esta coisa somente se refira, Ex: Brasil, João, Guanabara, Rex...
c)- Concretos: Designam seres ou coisa cuja existência real conhecemos
ou supomos que existam.
Concretos reais: Seres que
existem por si: Deus, homem, casa, alma, José, demônio, anjo...
Concretos
fictícios: Apresentam-se em nossa imaginação como se existissem: saci,
fada, bruxa..
d)- Abstratos: Designam qualidades, estados ou ações que só existem
quando abstraídos de seres que possuem ou executam estas qualidades: viuvez,
beleza, feiura, amizade, amor...
e)- Coletivos: Designam a pluralidade
como se fosse uma unidade: cardume, enxame, vara, manada..
4. FORMAÇÃO:
f )- Primitivo: É aquele que não resulta de outro: pedra, livro, dente,
flor, café...
g)- Derivado: É aquele que deriva de outra palavra: pedreiro, livraria,
dentista, floricultura...
h)- Simples: É aquele que só tem que um radical: espada, peixe, jóia,
guarda, mar, vidro...
i )- Composto: É aquele que tem mais de um radical: peixe-espada, pé-de-moleque,
passatempo...
5. FLEXÃO:
a)- Gênero: - Masculino: homem, aluno, gato...
- Feminino: mulher, aluna, gata...
Quanto à formação do feminino,
os substantivos podem ser:
A)- Epicenos: Têm apenas um gênero: o tigre, a cobra. Para designar o
sexo usam-se as palavras (macho/fêmea)
B)- Comum de dois: Têm uma única forma para ambos os gêneros,
distinguidos pelo artigo: artista, mártir, regente, pianista...
C)- Sobrecomuns: Têm apenas um gênero, designando ambos os sexos: a
testemunha, o cônjuge, a criança, a vítima...
D)- Heterônimos:Apresentam palavras diferentes para o masculino e o
feminino:bode/cabra, boi/vaca/cão/cadela, homem/mulher...
E)- Gênero duvidoso: A gramática ainda não se definiu sobre o gênero:
laringe, faringe, hélice, tapa..
b)- Número: Singular: livro,
mesa. homem...
Plural: livros, mesas, homens...
c)- Grau: I- Normal: casa, mesa, livro...
II- Aumentativo: Analítico: casa grande, mesa
grande, livro grande...
Sintético:
casarão, mesona, livrão...
III- Diminutivo: Analítico: casa
pequena, mesa pequena, livro pequeno...
Sintético:
casinha, mesinha, livrinho...
Obs: Podem indicar noção de afetividade ou de desprezo: amigão, livreco, casebre, mulherzinha...
Tenho observado que o estudo de sufixos adjetivais dos adjetivos relacionais – os parafraseáveis por “relativo a Nb”, “em relação com Nb” - comprova que os mesmos não apresentam exclusividade se enfocados em termos de variantes. Um mesmo sufixo adjetival pode ter diversas variantes e, por conseguinte semântica diferente, levando a entender que se trata de regras de formação diferentes embora se trate do mesmo sufixo.
No quadro que se segue demonstraremos que um mesmo sufixo adjetival mesmo sendo relacional apresenta variantes diferentes, o que vem a confirmar a existência de regras diferentes mesmo se tratando do mesmo sufixo:
SUFIXO |
VARIANTE |
SEMÂNTICA
DO AFIXO |
EXEMPLIFICAÇÃO |
|
de procedência |
originário, procedente de Nb |
africano, peruano |
-ano |
de tipicidade |
típico, próprio, característico de Nb |
bilaquiano, camoniano |
|
de filiação |
adepto, simpatizante, partidário de Nb torcedor do time Nb |
luterano, republicano, corintiano, atleticano |
|
de procedência |
originário, procedente de Nb |
austríaco, siríaco |
-aco |
de posse |
que tem, ou possui Nb |
maníaco, demoníaco |
|
de semelhança, similitude |
tem semelhança com Nb, evoca Nb, que tem propriedade de Nb |
paradisíaco, afrodisíaco |
|
de procedência |
originário, procedente de Nb |
potiguar, guascar |
-ar |
de tipicidade |
típico, próprio, característico de Nb |
solar, lunar, consular |
|
de pertença |
que pertence a Nb |
familiar, escolar |
|
de tipicidade |
típico, próprio, característico de Nb |
policial, conjugal |
-al |
de pertença ou de inclusão |
que pertence a Nb |
governamental, intestinal |
|
de procedência |
originário, procedente de Nb |
judaico, hebraico |
-aico |
de semelhança similitude |
tem semelhança com Nb, evoca Nb, que tem propriedade de Nb |
prosaico, arcaico, onomatopaico |
-eiro |
de procedência |
originário, procedente de Nb |
brasileiro, mineiro |
|
de tipicidade |
típico, próprio, característico de Nb |
caseiro, verdadeiro |
-eno |
de procedência |
originário, procedente de Nb |
chileno, madrileno |
|
de tipicidade |
típico, próprio, característico de Nb |
terreno |
SUFIXO |
VARIANTE |
SEMÂNTICA
DO AFIXO |
EXEMPLIFICAÇÃO |
|
de procedência |
originário, procedente de Nb |
cearense, piedense |
-ense |
de filiação |
adepto, simpatizante, partidário de Nb torcedor do time Nb |
botafoguense,banguense palmeirense, cruzeirense |
-esco |
de tipicidade |
típico, próprio, característico de Nb |
fradesco, abadesco |
de semelhança similitude |
tem semelhança com Nb, evoca Nb, que tem propriedade de Nb |
dantesco, burlesco, macunaimesco |
|
|
de procedência |
originário, procedente de Nb |
céltico, ibérico |
|
de posse |
que tem, ou possui Nb |
aromático, metódico |
-ico |
de filiação |
adepto, simpatizante, partidário de Nb |
monárquico,autárquico |
|
de pertença ou inclusão |
que pertence a Nb |
oceânico, bíblico, bélico |
|
de posse |
que tem ou possui |
febril, mulheril, senil |
-il |
de semelhança similitude |
tem semelhança com Nb, evoca Nb, que tem propriedade de Nb |
senhoril, estudantil, infantil |
|
de procedência |
originário, procedente de Nb |
nordestino, argentino |
-ino |
de semelhança similitude |
tem semelhança com Nb, evoca Nb, que tem propriedade de Nb |
cristalino, purpurino, platino |
|
de filiação |
adepto, simpatizante,
partidário de Nb |
vascaíno |
-ista |
de procedência |
Originário, procedente de Nb |
terrorista |
|
de filiação |
adepto, simpatizante, partidário de Nb |
budista, petista, santista |
-tico |
de procedência |
Originário, procedente de Nb |
asiático, israelítico |
|
de causa(posse) |
que provoca ou causa Nb |
problemático,aromático |
Do quadro acima podemos depreender que a variante que mais se representa por sufixos adjetivais diferentes e, por conseguinte por regras de formação diferentes, é a variante “de procedência” – “que é originário / proveniente de Nb”- que caracteriza os adjetivos étnicos ou pátrios. Dos 14 sufixos adjetivais acima relacionados, apenas –al , -esco e –il não apresentam a variante de procedência.
Num levantamento de sufixos adjetivais, com o acréscimos dos quais se pode formar adjetivos étnicos ou pátrios, de um total de 33, 21 são de variante de adjetivos relacionais de procedência. Além dos 11 acima relacionados: -ano, -aco, -ar, -aico, -eiro, -eno, -ense, -ico, -ino, -ista, -tico , outros 10 são ainda sufixos adjetivais que podem entre outras variantes indicar “de procedência”: -ão (alemão, beirão, aldeão) -enho (portenho, hondurenho, panamenho), -ês (francês, norueguês, libanês), -eta (lisboeta, catarineta), -eu (europeu, hebreu, judeu), -ita (israelita, moscovita, jerossolimita), -ol (espanhol, reinol), -ota (cairota, cipriota), -oto (minhoto).
Em vista disso podemos depreender que os falantes nativos fazem uso freqüente de formações adjetivais que derivam de substantivos que com o acréscimo de sufixos adjetivais a esses substantivos formam adjetivos étnicos ou pátrios. São, portanto regras de formação de palavras recorrentes que podem inclusive referir-se a habitantes de qualquer região mesmo em relação àquela que hipoteticamente tenha habitantes como já conhecemos: lunático (morador da lua) – muito utilizado de forma metafórica como sendo aquele que não vive em sintonia com o mundo ou com as coisas que o rodeiam, marciano (morador de Marte) – muito utilizado em histórias de ficção, e se pudéssemos imaginar habitantes de outros planetas, assim como às vezes imaginamos os marcianos, como poderíamos ainda denominar aquele que habitasse: Mercúrio? - Vênus? - Júpiter? - Saturno? - Urano? - Netuno? - Plutão? - isso sem mencionarmos certas regiões remotas da Terra das quais nem mesmo tenhamos tido informação sobre seus habitantes.
Quando o falante se utiliza de um parâmetro para fazer menção a moradores destas regiões pouco conhecidas ou de supostos moradores, o falante está recorrendo a uma regra de formação de palavras, optando ora por um ora por outro sufixo adjetival. O que faria com que o falante optasse por esse ou aquele sufixo isso é que nos interessa. No momento podemos dizer apenas que são várias as possibilidades, ou melhor dizendo regras de formação de que o falante dispõe para formação de adjetivos étnicos derivados dos substantivos, todas elas variantes da Regra : S ® A-suf - entendendo que S é o substantivo (Nome base = Nb) e que A é o adjetivo (produto) que acrescido do[ –suf] (sufixo que indica a origem, procedência de Nb). Cada sufixo de variante diferente é uma nova regra de formação e está implícita na inteligência do falante à sua disposição quando quiser fazer menção a procedência, origem de algum habitante.
Analisamos facilmente as formas em que acrescentamos os sufixos adjetivais que fornecem o entendimento de variante de procedência (origem) à base substantival, resultando as construções X + sufixo (sendo X= substantivo) que significam “morador ou habitante de X (=substantivo)”.
Quando nos deparamos com um substantivo topônimo e dele queremos derivar um adjetivo étnico, recorremos a alguma das regras S ® A-suf já mencionadas e na incerteza de qual sufixo representaria melhor o habitante preferimos usar a paráfrase “morador de X” ou “habitante de X”. Hipotetizemos a possibilidade de um dia virmos a conquistar o espaço e ao chegarmos a Júpiter lá encontrássemos vida; como denominaríamos seus habitantes? Faríamos várias tentativas: (?) jupiterianos, (?) jupitanos, (?) jupiteriense, (?) jupitense, (?) jupitaco, (?) jupitaico, (?) jupitês, só para mencionarmos algumas possibilidades, alguns sufixos adjetivais e algumas regras de variante “de procedência”. O certo é que na dúvida optaríamos pela paráfrase “habitante ou morador de Júpiter” evitando assim qualquer mal entendido ou incerteza. Mas com o passar do tempo haveríamos de optar por uma das suposições acima ou outra qualquer entre aquelas regras já mencionadas no quadro. O que levaria a um consenso em que todos reconhecessem como a melhor forma de se referir aos “habitantes de Júpiter” esta seria sem dúvida a regra para a formação do adjetivo étnico ideal para este caso específico.
Só para não ficarmos no âmbito das conjecturas: Como o falante de nossa língua portuguesa se refere ao habitante do Alasca (um dos estados dos E.U.A.) região que julgamos remota? Acreditamos que tanto alasquense (X + ense) S ® A-ense quanto alasquiano (X + ano) S ® A-ano retratariam lingüisticamente com certeza muito bem o “habitante do Alasca”. Inclusive uma forma não bloquearia a possibilidade da outra nem teríamos restrições a nenhuma das duas formas. Quer dizer que as duas formas podem ser aceitas para o falante da língua portuguesa, como de fato estão no nosso léxico, enquanto que com outros sufixos também de variante “de procedência” não acontecesse o mesmo por exemplo Salasqueiro (X + eiro) uma regra muito conhecida para formação de adjetivos étnicos S ® A-eiro , ou ainda Salasquenho (X + enho) outra regra também conhecida para formação de adjetivos étnicos S ® A-enho , e assim por diante.
Por ora podemos afirmar que o acréscimo dos sufixos adjetivais indicadores da variante “de procedência” para formação de adjetivos étnicos a partir de substantivos possui uma grande aplicabilidade na língua portuguesa. O mecanismo de acréscimo dos sufixos adjetivais variantes “de procedência”, reconhecidos por nós, falantes, ao analisarmos a estrutura interna da palavra já existente no léxico, pode, conforme vimos acima, ser também utilizado para produzir novas palavras. Daí a possibilidade de formação de novos adjetivos étnicos como os já mencionados acima.
É interessante observar que no ato da formação do adjetivo derivado a partir da base substantival o acento principal recai sobre o sufixo e o substantivo base ganha acento secundário como querendo enfatizar uma noção fornecida pelo sufixo das formas derivadas em geral. Tal recurso consiste em deslocar o acento principal para o sufixo ficando um acento secundário na base. Segundo o quadro acima, entre os sufixos adjetivais de variante “de procedência” os únicos casos em que isso não ocorreu foram os sufixos -aco (austríaco, siríaco), -ico (céltico, ibérico) e –tico (asiático, israelítico), mas mesmo assim em “austríaco”, “siríaco”, “asiático” e “israelítico” houve um deslocamento da tonicidade para a sílaba posterior; apenas em “céltico” e “ibérico” o acento permaneceu na mesma posição de origem. Isto constitui um fato que não se pode deixar passar desapercebido.
Tal recurso fonético dá ênfase especial no sufixo pretendendo exatamente realçar o significado do sufixo variante “de procedência” que esta partícula fornece às bases. A menção à aplicação deste recurso especificamente às formas derivadas por sufixação é feita visto que este assunto constitui nosso principal interesse. E estamos constatando a aplicação deste recurso nas formas derivadas pelo acréscimo de sufixos cuja variante é “de procedência” , porque, nesta parte da dissertação, estamos analisando tais sufixos. Posteriormente passaremos a observar como isto se dá com outros sufixos de outras variantes. Por ora podemos adiantar que tal recurso está presente na maioria das regras o que vem a confirmar que tal fato tem de ser levado em consideração.
Há quem diga que a gramaticologia portuguesa difunde opinião de que os afixos, principalmente os sufixos são elementos semanticamente mais vazios do que, por exemplo, radicais. Diz BECHARA p.206:
“Ao
contrário dos sufixos, que assumem um valor morfológico, os prefixos têm mais
força
significativa...”
Mais incisivo ainda é ROCHA LIMA p.180
“Ao
contrário dos prefixos, que, como vimos, guardam certo sentido, com o qual
modificam
de
maneira mais ou menos clara, o sentido da palavra primitiva, os sufixos, vazios
de signi-
ficação
(sic) têm por finalidade formar séries de palavras da mesma classe
gramatical” (Apud
SANDMANN;
1989:30).
Concordamos com ROCHA LIMA que os sufixos têm por finalidade formar séries de palavras da mesma classe gramatical, tanto que nosso presente trabalho está exatamente tentando provar formação de adjetivos a partir substantivos pelo acréscimo de sufixos à base. Só não podemos concordar com o que afirma ROCHA LIMA de serem os sufixos tidos como vazios de significação, a não ser se considerados isoladamente. Não faz sentido fazer um estudo dos sufixos em si, mas sim ligados a bases. Naturalmente que a base (radical) é um elemento semanticamente mais pleno de significação do que os sufixos, e os sufixos só podem expressar algum significado se agregados a bases.
Conjunção coordenativa e subordinativa
1. Examinemos os seguintes provérbios:
O mal e o bem à face vêm.
Deseja o melhor e espera o pior.
Só dura a mentira enquanto a verdade não chega.
No primeiro, encontramos a palavra e, que está ligando dois termos de uma oração:
o mal e o bem.
No segundo, vemos a mesma palavra e, que está ligando duas orações de sentido
completo e independente: Deseja o melhor. Espera o pior.
No terceiro, aparece a palavra enquanto unindo duas orações que não podem ser
separadas sem que fique alterado o sentido que expressam, pois a segunda depende
da afirmação contida da primeira.
Os vocábulos invariáveis que servem para relacionar duas orações ou dois
termos semelhantes da mesma oração chamam-se CONJUNÇÕES.
As conjunções que relacionam termos ou orações de idêntica função
gramatical têm o nome de COORDENATIVAS.
Denominam-se SUBORDINATIVAS as que ligam duas orações, uma das quais determina
ou completa o sentido da outra.
2. Percebe-se facilmente a diferença entre as conjunções coordenativas e as
subordinativas quando comparamos construções de orações a construções de
nomes.
Assim, nestes enunciados:
Ler e escrever. A leitura e a escrita.
Ler ou escrever. A leitura ou a escrita.
Vemos que a conjunção coordenativa não se altera com a mudança de construção,
pois liga elementos independentes, estabelecendo entre eles relações de adição,
no primeiro caso, e de igualdade ou de alternância, no segundo.
Já nos enunciados seguintes:
Quando tiver lido o livro, escreva a carta.
Após a leitura, a escrita.
Observamos a dependência do primeiro termo ao segundo.
No último exemplo, em lugar da conjunção subordinativa (quando), temos uma
preposição (após), que está indicando a dependência de um elemento a outro.
Conjunções coordenativas
1. Classificação
Classificam-se as conjunções coordenativas em ADITIVAS, ADVERSATIVAS,
ALTERNATIVAS, CONCLUSIVAS e EXPLICATIVAS.
a) ADITIVAS, que servem para ligar simplesmente
dois termos ou duas orações de idêntica função: e, nem [= e não]
Tinha saúde e robustez.
Pulei do banco e gritei de alegria.
Não é gulodice nem interesse mesquinho.
b) ADVERSATIVAS, que ligam dois termos ou duas
orações de igual função, acrescentando-lhes, porém, uma idéia de
contraste:mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto.
Seu quarto é pobre, mas nada lhe falta.
Cada uma delas doía-me intensamente; contudo não me indignavam.
c) ALTERNATIVAS, que ligam dois termos ou orações
de sentido distinto, indicando que, ao cumprir-se um fato, o outro não se
cumpre: ou...ou, ora...ora, quer...quer, seja...seja, nem...nem, já...já, etc.
Para arremedar gente ou bicho, era um gênio.
Ou eu me retiro ou tu te afastas.
d) CONCLUSIVAS, que servem para ligar à anterior
uma oração que exprime conclusão, conseqüência: logo, pois, portanto, por
conseguinte, por isso, assim, então.
Não pacteia com a ordem; é, pois, um rebelde.
Ouço música, logo ainda não me enterraram.
e) EXPLICATIVAS, que ligam duas orações, a
segunda das quais justifica a idéia contida na primeira: que, porque, pois,
porquanto.
Dorme, que eu penso.
2. Posição das conjunções coordenativas
Nem todas as CONJUNÇÕES COORDENATIVAS encabeçam a oração que delas recebe o
nome. Assim:
1. Das CONJUNÇÕES COORDENATIVAS apenas mas aparece obrigatoriamente no começo
da oração; contudo, entretanto, no entanto, porém e todavia podem vir no início
da oração, ou após um de seus termos. Sirvam de exemplo estes períodos:
Tentou subir, mas não conseguiu.
Tentou subir, porém não conseguiu.
Tentou subir; não conseguiu, porém.
2. Pois, quando CONJUNÇÕES CONCLUSIVA, vem sempre posposta a um termo da oração
a que pertence:
Era, pois, um homem de grande caráter e foi, pois, também um grande estilista.
(J. RIBEIRO)
3. As conclusivas logo, portanto e por conseguinte podem variar de posição,
conforme o ritmo, a entoação, a harmonia da frase.
Conjunções subordinativas
1. Classificação
As conjunções subordinativas classificam-se em CAUSAIS, CONCESSIVAS,
CONDICIONAIS, CONFORMATIVAS, COMPARATIVAS, CONSECUTIVAS, FINAIS, PROPORCIONAIS,
TEMPORAIS, e INTEGRANTES.
As causais, concessivas, condicionais, conformativas, finais, proporcionais,
temporais, comparativas e consecutivas iniciam ORAÇÕES ADVERBIAIS. As
integrantes introduzem ORAÇÕES SUBSTANTIVAS.
Exemplifiquemos:
a) CAUSAIS (iniciam uma oração subordinada
denotadora de causa). porque, pois, porquanto, como [= porque], pois que, por
isso que, já que, uma vez que, visto que, visto como, que, etc.
Dona Luísa fora para lá porque estava só.
Como o calor estivesse forte, pusemo-nos a andar pelo Passeio Público.
b) COMPARATIVAS (iniciam uma oração que encerra
o segundo membro de uma comparação, de um confronto): que, do que (depois de
mais, menos, maior, menor, melhor, pior) qual (depois de tal), quanto (depois de
tanto), como, assim como, bem como, como se, que nem.
Era mais alta que baixa.
Nesse instante, Pedro se levantou como se tivesse levado uma chicotada.
c) CONCESSIVAS (iniciam uma oração subordinada
em que se admite um fato contrário à ação principal, mas incapaz de
impedi-la). embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, bem que, se bem
que, apesar de que, nem que, que, etc.
Pouco demorei, conquanto muitos fossem os agrados.
É todo graça, embora as pernas não ajudem...
d) CONDICIONAIS (iniciam uma oração subordinada
em que se indica uma hipótese ou uma condição necessária para que seja
realizado ou não o fato principal): se, caso, quando, contanto que, salvo se,
sem que, dado que, desde que, a menos que, a não ser que, etc.
Seria mais poeta, se fosse menos político.
Consultava-se, receosa de revelar sua comoção, caso se levantasse.
e) CONFORMATIVAS (iniciam uma oração
subordinada em que se exprime a conformidade de um pensamento com o da oração
principal):conforme, como [= conforme], segundo, consoante, etc.:
Cristo nasceu para todos, cada qual como o merece...
Tal foi a conclusão de Aires, segundo se lê no Memorial.
f) CONSECUTIVAS (iniciam uma oração na qual se
indica a conseqüência do que foi declarado na anterior): que (combinada com
uma das palavras tal, tanto, tão ou tamanho, presentes ou latentes na oração
anterior), de forma que, de maneira que, de modo que, de sorte que.
Soube que tivera uma emoção tão grande que Deus quase a levou.
g) FINAIS (iniciam uma oração subordinada que
indica a finalidade da oração principal): para que, a fim de que, porque [=
para que], que
Aqui vai o livro para que o leias.
Fiz-lhe sinal que se calasse...
h) PROPORCIONAIS (iniciam uma oração
subordinada em que se menciona um fato realizado ou para realizar-se
simultaneamente com o da oração principal): à medida que, ao passo que, à
proporção que, enquanto, quanto mais... (mais), quanto mais... (tanto mais),
quanto mais... (menos), quanto mais... (tanto menos), quanto menos... (menos),
quanto menos... (tanto menos), quanto menos... (mais), quanto menos... (tanto
mais)
Ao passo que nos elevávamos, elevava-se igualmente o dia nos ares.
Tudo isso vou escrevendo enquanto entramos no Ano Novo.
i) TEMPORAIS (iniciam uma oração subordinada
indicadora de circunstância de tempo): quando, antes que, depois que, até que,
logo que, sempre que, assim que, desde que, todas as vezes que, cada vez que,
apenas, mal, que [= desde que], etc.:
Custas a vir e, quando vens, não te demoras.
Implicou comigo assim que me viu.
j) INTEGRANTES (servem para introduzir uma oração
que funciona como sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo,
complemento nominal ou aposto de outra oração): que e se
Quando o verbo exprime uma certeza, usa-se que; quando incerteza, se:
Afirmo que sou estudante.
Não sei se existe ou se dói.
2. Polissemia conjuncional
Como vimos, algumas conjunções subordinativas (que, se, como, porque, etc)
podem pertencer a mais de uma classe. Em verdade, o valor desses vocábulos
gramaticais está condicionado ao contexto em que se inserem, nem sempre isento
de ambigüidade, pois que há circunstâncias fronteiriças: a condição da
concessão, o fim da conseqüência, etc.
Locução conjuntiva
A par das conjunções simples, há numerosas outras formadas da partícula que
antecedida de advérbios, de preposições e de particípios. São chamadas LOCUÇÕES
CONJUNTIVAS: antes que, desde que, já que, até que, para que, sem que, dado
que, posto que, visto que, uma vez que, à medida que.
A crase consiste na "fusão" de dois fonemas vocálicos
iguais (a + a).
Por crase entende-se a fusão de duas vogais idênticas.
A crase é representada pelo acento grave = (à) = que se coloca sobre o
"a". ( = à).
Só se usa crase antes de nome feminino determinado, e regido da preposição
"-a".
Só
pode ser feminino determinado.
A
CRASE SE DÁ EM:
Contração da preposição a com o
artigo feminino "a".
Contração da preposição a com o
pronome demonstrativo "a".
Contração da preposição a com o
"a" que inicia os demonstrativos aqueles,
aquela, aquilo, aquelas.
Exemplo:
Irei à escola-Irei àquela escola
Irei a a escola-Irei a + aquela escola
O verbo ir pede a preposição "a" e o substantivo
"escola" pede o artigo feminino "a".
A + a = à
Irei à escola
Exemplo:
Falei à de saia branca =
Falei a ( = aquela) de saia branca.
Dei um livro àquele rapaz =
Deu um livro a aquele rapaz.
Levamos conforto àquela menina =
Levamos conforto a aquela menina.
Refiro-me àquilo que... =
Refiro-me a aquilo que...
Para que haja crase é necessário que se
observe o seguinte:
A palavra seja feminina acompanhada de artigo feminino definido "a".
O verbo exige a preposição e o substantivo, o artigo.
Que a palavra que antecede o substantivo exija a preposição "a" por
força de sua regência.
Ocorre crase nos seguintes casos:
Diante de palavra feminina, clara ou oculta, que não repele o artigo.
Como sabermos se a palavra feminina repele ou não, o artigo ?
Basta construi-lo em orações em que apareça regidos das preposições:
"de", "em" e "por". Se tivermos meras preposições,
o nome dispensa artigo.
Exemplo:
Vou a Copacabana
Vou a Vitória
Substituo o verbo ir ( = vou) por: venho, passo, moro
Venho de Vitória.
Passo por Vitória.
Moro em Vitória.
Então:
Vou a Copacabana.
Vou a Vitória.
O "a" é mera preposição e as palavras Copacabana e Vitória repelem
o artigo, por isso não se usa crase.
Porém, se houver necessidade de usar,
respectivamente: da ( = de + a); na ( = em + a); pela ( = por + a), a palavra
feminina tem o artigo feminino definido "a", então haverá crase:
Exemplo
Vou à Bahia
Venho da Bahia
Moro na Bahia
Passa pela Bahia.
Houve contração da preposição de + a = da,
em + a = na, por + a = pela por
isso "a" da Bahia é craseado.
Vou à Bahia.
Outra regra prática para sabermos se o substantivo exige ou não, o artigo
feminino definido "a".
Emprega-se a crase sempre que,
substituindo-se o vocábulo feminino por um masculino, aparece a contração da
preposição "a" com o artigo "o" = ao antes do nome masculino.
Eu vou a cidade
Posso
dizer:
Eu vou ao Município
Logo na oração:
Eu vou a cidade,
O "a" da cidade deve ser craseado.
Se o nome feminino repelir o artigo, pode exigi-lo quando determinado por um
adjunto.
Exemplo:
Eu vou a Roma
A palavra Roma repele o artigo feminino, porém se eu disser:
Eu vou a Roma dos Césares
A palavra Roma, agora, está determinada, então, craseia-se o "a" de
Roma.
Eu vou à Roma dos Césares
Outro exemplo:
Eu vou a Copacabana.
Eu vou à Copacabana de minha infância
Ele foi a Minas
Ele foi à Minas de Tiradentes.
Podemos usar o seguinte meio mnemônico para o uso da crase:
Se vou a
E venho dá
Eu craseio o à
Exemplo:
Vou a festa
Venho da festa
Então eu craseio o "a" da festa.
Vou à festa
Se eu vou a
E venho dê
Crasear o a
Para quê ?
Exemplo:
Vou a são Paulo.
Venho de São Paulo.
A palavra São Paulo repele o artigo, então o "a" antes da palavra São
Paulo é mera preposição, logo: Não se usa crase.
OBSERVAÇÃO:
Se venho-"da"-é "a"
(com crase).
Se venho-"de"-é "a" (sem crase).
Vou à Grécia-Venho da Grécia
Vou a Santa Catarina-Venho de Santa Catarina
USA-SE
A CRASE:
-
Nos
objetos indiretos
- Nos adjuntos
adverbiais (NOTA - Não se usa crase
com palavra que funciona como Sujeito.
Exemplo: “A menina
saiu” )
- Objeto direto
- Adjunto adnominal
- Para evitar ambigüidade
- Diante de locuções constituídas
de feminino plural.
- Diante de locuções constituídas
do substantivo feminino singular
- A conjunção subordinada adv.
proporcional
1. RELEMBRANDO CONCEITOS:
1.1 - FRASE®
qualquer enunciado de sentido completo, estruturados sintaticamente ou não.
Ex.: Silêncio. Fogo! Boa tarde. Ontem fui ao
dentista.
1. 2 – ORAÇÃO ®
enunciado organizado em função de um verbo e constituído de sujeito e
predicado, ou ao menos de predicado.
Ex.: A música erudita / será eterna.
Æ
/ Houve aula ontem.
sujeito
predicado
sujeito predicado
1. 3 – PERÍODO ®
enunciado com sentido completo, são as frases organizadas em orações. O período
pode ser simples, isto é, constituído de uma só oração, ou composto,
ou seja, constituído de duas ou mais orações. No período composto podem
ocorrer três tipos de orações a saber:
¨
principal;
¨
subordinada;
¨
coordenada.
2. ORAÇÃO PRINCIPAL E ORAÇÀO SUBORDINADA
2.1 – ORAÇÃO PRINCIPAL ® aquela que encerra o sentido fundamental e
dela depende outra ou outras.
2.2 – ORAÇÃO SUBORDINDADA ® aquela que liga-se à principal por meio de
conjunção ou pronome relativo e com ela mantém
uma relação de dependência tanto de sentido quanto sintática. A subordinada
exerce uma função sintática em relação à principal e, se isolada desta,
fica vazia de significado. Ex. : O
poema que li é simbolista
¯
oração subordinada (depende da principal)
3. ORAÇÒES
SUBORDINADAS ADVERBIAIS ®
são aquelas que exercem a função sintática de adjunto adverbial em
relação à principal, mais especificamente: são adjuntos adverbias do verbo
da oração principal . São introduzidas por conjunções subordinativas.
Ex.: Depois da chuva, a árvore caiu.
Quando a chuva acabou, a árvore caiu.
¯
¯
adjunto adverbial
oração subordinada adverbial (exerce a mesma função de
adjunto
adverbial, mas como tem um verbo constitui
uma oração)
3.1 – CLASSIFICAÇÃO ®
Assim como os adjuntos adverbiais, as orações subordinadas adverbiais são
classificadas de acordo com as circunstâncias que exprimem. OBSERVAÇÀO: não
basta “decorar” as listas de conjunções, é necessário compreender as
circunstâncias expressas pelas orações, uma vez que uma mesma conjunção
pode fazer parte de mais de uma lista, já que as possibilidades de utilização
e criação de linguagem é ilimitada.
CLASSIFICAÇÃO |
CIRCUNSTÂNCIA |
CONJUNÇÕES E
LOCUÇÕES |
EXEMPLOS ( subordinada adverbial) |
1. CAUSAL |
exprime o motivo, a razão da ação ou estado
apresentado pela principal. |
porque, pois que, já que, uma vez que, visto que. |
Visto que reconheceram sua capacidade,
será promovido. |
2.CONSECUTIVA |
exprime o efeito, a conseqüência
da ação ou estado apresentado na OP. |
tão ... que, tanto ...que, tamanho ...que, que, de forma que,
de sorte que, tanto que. |
Levou tanta surra, que o hospitalizaram. |
3.CONDICIONAL |
exprime condição real ou hipotética para que
determinado fato se realize ou não. |
se, caso, contanto que, desde que, salvo se, a menos
que, uma vez que(+ subjuntivo) |
A vida só é digna, se a enobrece um ideal. |
4. CONCESSIVA |
exprime concessão, isto é, fato que embora possa
afetar a realização de outro fato, não o faz. |
embora, ainda que, conquanto, ainda quando, mesmo que, se
bem que, posto que, apesar de que. |
Vencemos o inimigo, embora ele fosse mais forte. |
5.COMPARATIVA |
exprime uma comparação entre fatos ou seres. |
como, tão ... como, mais (do) que, menos (do) que. |
Os indiferentes são piores do que os maus. |
6.CONFORMATIVA |
exprime fatos que estão de acordo com o que se
disse na OP. |
conforme, como, consoante, segundo. |
“Como ele diz com certa melancolia,
levou uma vida medíocre.” ( F SP) |
7. FINAL |
exprime o objetivo do que se disse na OP. |
a fim de que, que, porque, para que. |
“Um
amigo pintor trouxe as tintas, para que os pintores amigos possam
pintar.”(Rubem Braga) |
8.PROPORCIONAL |
exprime relação de gradação entre o seu
processo verbal e aquele da OP. |
à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto mais/
menos... mais/menos, quanto mais/ menos ... tanto mais/menos. |
Quanto
mais se sobe, tanto maior é a queda. |
9. TEMPORAL |
exprime circunstância de tempo em relação à OP. |
quando, logo que,
enquanto, assim que, sempre que, antes que, depois que, desde que. |
Quando descreveres os quadrúpedes,
coloca entre eles alguns homens. |
10. MODO |
exprime o modo como um fato se realiza. |
sem que. |
Aqui
você ficará bem, sem que ninguém o perturbe. |
11. LUGAR |
exprime circunstância de lugar. |
onde. |
A casa
estava exatamente onde a deixáramos a trinta anos atrás. |
4. OBSERVAÇÕES:
1 – Causal ®
pode-se usar COMO em O.S. A . causais antepostas à principal.
®
a causa da promoção é o reconhecimento da capacidade.
2 – Consecutiva ®
o efeito, a conseqüência da surra é a hospitalização.
3 – Condicional ®
a condição para que a vida seja nobre é possuir um ideal.
4 – Concessiva ®
o inimigo era mais forte, a conseqüência natural ou lógica disso seria a vitória
dele (o inimigo), mas essa força não impediu a nossa vitória.
5 – Comparativa ®
é bastante comum a elipse (a supressão) do verbo da O. S. A ., pois ele será
o mesmo da OP e sua repetição até empobreceria o período.
®
as pessoas indiferentes, se comparadas às pessoas más, são piores.
®
a comparação pode mostrar a igualdade, superioridade ou inferioridade entre
seres.
6 – Conformativa ® de acordo com o que ele disse, a sua vida foi medíocre.
7 – Final ®
o objetivo, a finalidade de se ter trazido as tintas é que os pintores pintem.
8 – Proporcional ®
a relação de proporcionalidade existe entre dois termos quando toda alteração
em um corresponde a uma alteração no outro. Ex.: se um aumenta, o outro
diminui ou ambos aumentam e diminuem simultaneamente.
®
graficamente podemos representar a oração assim:
Ý
ß
subida
queda
9 – Temporal ®
indica o tempo em que se deve realizar a ação expressa na OP.
10 – Modo ®
muitos gramáticos não reconhecem esse tipo de O . S. A .
®
indica o modo, a maneira que ele
ficará.
11 – Lugar ®
muitos gramáticos não reconhecem esse tipo de O . S. A .
®
são introduzidas pelo pronome relativo onde, sem antecedente.
®
indica o lugar em que a casa está.
¨
Orações
subordinadas adverbiais reduzidas ®
são aquelas que não se iniciam por conjunção
e apresentam o verbo sob uma das formas nominais ( infinitivo, gerúndio
ou particípio).
Ex.:
Perdeu o trem porque estava atrasado. ®
oração desenvolvida (O . S. A . causal)
Perdeu o trem por estar
atrasado. ® oração reduzida. (O . S. A . causal
reduzida de infinitivo)
A
classificação da reduzida é igual à da oração desenvolvida, porém
acrescenta-se ao final a forma nominal a que se reduziu.
¨
A O . S .
A . pode ser colocada antes, depois ou no meio da OP.
Ex.: Mesmo sendo possível, é pouco provável
uma terceira guerra mundial.
É pouco provável, mesmo sendo possível, uma terceira guerra
mundial.
É pouco provável uma terceira guerra mundial, mesmo sendo possível.
¨
As O . S. A . devem ser assim pontuadas: (veja exemplos acima)
®
podem sempre vir separada por vírgulas
da principal;
®
vírgulas optativas quando O . S . A . é posposta à principal;
®
vírgulas obrigatórias quando O . S . A . está intercalada ou anteposta à
principal.
5. BIBLIOGRAFIA
INFANTE, Ulisses. Curso de Gramática Aplicada aos Textos. São Paulo: Scipione, 1996.
3ª ed. pp. 425 – 434 .
SAVIOLI, Francisco Platão. Gramática em 44 Lições. São Paulo: Ática, 1998. 14ª ed. pp. 77
– 86.