MEDICINA / FARMÁCIA / PSICOLOGIA / FISIOTERAPIA / ODONTOLOGIA
Rocha, Everardo, O que é etnocentrismo. 11. Ed. São Paulo: Brasiliense, 1994(Coleção Primeiros Passos; 124)
O etnocentrismo é uma tendência para julgar tudo em relação às normas e aos comportamentos do grupo social a que se pertence. Corresponde a uma percepção da vida e da sociedade do observador; faz da sua cultura a norma ou a referência na análise de outras realidades sociais.
Perguntar sobre o que é etnocentrismo é, pois, indagar sobre um fenômeno onde se misturam tanto elementos intelectuais e racionais quanto elementos emocionais e afetivos. No etnocentrismo, estes dois planos do espírito humano - sentimento e pensamento - vão juntos compondo um fenômeno não apenas fortemente arraigado na história das sociedades como também facilmente
Como uma espécie de pano de fundo da questão etnocêntrica temos a experiência de um choque cultural. De um lado, conhecemos um grupo do eu", o "nosso" grupo, que come igual, veste igual, gosta de coisas parecidas, conhece problemas do mesmo tipo, acredita nos mesmos deuses, casa igual, mora no mesmo estilo, distribui o poder da mesma forma empresta à vida significados em comum e procede, por muitas maneiras, semelhantemente. Aí então de repente, nos deparamos com um "outro", o grupo do "diferente" que, às vezes, nem sequer faz coisas como as nossas ou quando as faz é de forma tal que não reconhecemos como possíveis. E, mais grave ainda, este outro" também sobrevive à sua maneira, gosta dela, também está no mundo e, ainda que diferente, também existe.
O que importa realmente, neste conjunto de idéias, é o fato de que, no etnocentrismo, uma mesma atitude informa os diferentes grupos. O etnocentrismo não é propriedade, como já disse, de uma única sociedade, apesar de que, na nossa, revestiu-se de um caráter ativista e colonizador com os mais diferentes empreendimentos de conquista e destruição de outros povos.
Mas existem idéias que se contrapõem ao etnocentrismo. uma da mais importantes e reativação.Quando vemos que as verdades da vida são menos uma questão de essência das coisas e mais uma questão de posição: estamos relativizando. Quando o significado de um ato é visto não na sua dimensão absoluta mas no contexto em que acontece: estamos relativizando. Quando compreendemos o "outro" nos seus próprios valores e não nos nossos: estamos relativizando. Enfim, relativizar é ver as coisas do mundo como uma relação capaz de ter tido um nascimento, capaz de ter um fim ou uma transformação. Ver as coisas do mundo como a relação entre elas. Ver que a verdade está mais no olhar que naquilo que é olhado. Relativizar é não transformar a diferença em hierarquia, em superiores e inferiores ou em bem e mal, mas vê-la na sua dimensão de riqueza por ser diferença.
A nossa sociedade já vem, há alguns séculos, construindo um conhecimento ou, se quisermos, uma ciência sobre a diferença entre os seres humanos. Esta ciência chama-se Antropologia Social.Ela também possui o compromisso da procura de superá-lo. Diferentemente do saber de "senso comum", o movimento da Antropologia é no sentido de ver a diferença como forma pela qual os seres humanos deram soluções diversas a limites existenciais comuns. Assim, a diferença não se equaciona com a ameaça, mas com a alternativa. Ela não é uma hostilidade do "outro’, mas uma possibilidade que o "outro" pode abrir para o "eu".
A partir do século XV/XVI- com descoberta do novo mundo começar a surgir a modelos explicativos das diferenças entre povos.
Destes encontros,entre "eu" e a sociedade do "outro", surgir a idéia de perplexidade por que ele o eu não conhecia o outro e assim o século e marcado pela perplexidade que mais tarde no século XVIII/XIX vai surgir a idéia de evolucionismo que basicamente que outro possui um grau diferente de evolução do outro
Foi neste contexto e sobretudo a partir do século XVII que tomaram corpo as atitudes racistas não só em termos biológicos e cultural-simbólicos (o culto genealógico e a pureza do sangue branco designadamente aristocrata, o branco como sinal de pureza e personalização do bem e o negro como sintoma de impureza ou encarnação do mal) mas sobretudo em termos econômicos e políticos, dando lugar a uma desenfreada exploração econômica (uso de trabalho escravo e, posteriormente, assalariado) e dominação política (negação de participação política, negação dos direitos de cidadania) aos negros, índios e outros povos considerados 'bárbaros' e 'selvagens'.
A partir desse contexto surgir a idéia de evolucionismo, que analisa os costumes pelos costumes analisando vários estágios,passando a considerar vários estágios do passado como sendo ele primitivos.
No século XIX na Inglaterra Sir James, George Frazer e Sir Edward Burnett Tylor e, nos Estado Unidos Lewis Morgan, eles produziram trabalhos conscientes de que presença do homem sobre terra remontava a uma idade muito antiga.e surgir a necessidade do qual seria o medidor A CULTURA foi escolhida por que a partir dela saberíamos qual seria o mais avançados passando pelo estagio da selvageria, barbárie e civilização.
A partir desse momento surgir a relativar-se e simplificar esquemas do evoluicinismo,multiplicando o seu campo de estudos, que no século XX, que surgir para idéias e brilhantes pesquisadores.
No século XX apos a primeira guerra mundial entra em seu período de maturidade , onde surgir a escola do difusionismo ou escola americana, através do americano Fran Boas, procurou investigar muitas área de conhecimentos.levando ele se ser copiados por vários pesquisadores que usaram suas idéias.
A personalidade da cultura que muito reativou comparando a sociedade americana com sociedade tribais fazendo fértil dialogo entre e eu o outro.
Ruth Benedict e Margaret Mead, desenvolveram um idéia que antropologia e psicologia, elas falam que o individuo e a cultura se influenciam mutuamente.
O reducionismo que nada mais nada menos que explicar uma coisa partir de varias .O pensamento difusionista falar que temos estudar a historia concreta de cada cultura. E o processos de cada uma dessa estudadas.
Edwar Sapir, antropólogo e lingüista, visto como um dos mais brilhantes alunos de Boas procurou relacionar a cultura com com linguagem .Cultura e Língua, para a Antropologia e a Lingüística, é a principal fonte de seu pensamento, assumindo a importância de ter dado muita substância e base para uma série de estudos de lingüística e comunicação, onde o emprego da linguagem e as suas diferenças de classes sociais nas chamadas sociedades complexas, industriais e contemporânea.
Julien Steward,ligou a a cultura ao ambiente que fica pressuposto a noção de que o ambiente e fator determinante que restringiu as opções culturais.
A importância deste grupo e de ter colocado questões de equilíbrio e preservação e muita dependência entre as culturas e destas com ambiente que se originaram.
A partir desse momento surgir a passagem do etnocentrismo para relativização. E momento quer ela acabar como o preconceito do eu do outro.
Radcliffe-Browm, ele da um corte teórico ,da outras dimensões á Antropologia . O jogo enter "eu " e do " outro " se mostrar tal como ela é .
Nesta linha ,vamos ver que a busca de rigor teórico e precisão conceitual tem um papel importante a desempenhar no conjunto de sua obra.
O funcionalismo que genericamente pode ser visto como um movimento que recobre uma parte muito significativa da produção antropológica ,caminha inexoravelmente no sentido de empurrar o estudo do
"eu " e do "outro" da "diferença" ,para fora do etnocentrismo.
Malinowshi foi grande viajante da antropologia .O significado de seus estudos na expressão de trabalho de campo ,para Antropologia e para processo de relativização e de extrema se será visto um pouco mais adiante .
Émile Durkheim,ele explica categoricamente a ruptura : o social não se explicar pelo individual. Assim ele afirmar que fato social pela consciência individual investe contra possibilidade de ser diluir o objeto específico da Sociologia e da Antropologia a simples conseqüências e de outros tipos de fenômenos .Lévi-Strauss ele falou que antropologia procurar conhecer a diferença ,não como ameaça a ser destruída mas como alternativa a ser preservada ,seria uma grande contribuição ao patrimônio de esperanças da humanidade.
A partir da leitura deste livro eu posso afirmar que relações etnocêntricas devem ser alteradas,em prol de uma melhor convivência entre os povos e do bem estar em geral do seres humanos .
E por isso eu acho que a contribuição para minha formação e que puder entender como como pessoas podem ser etnocêntricas e racistas quando fazem uma analise de sua sociedade em detrimento de outra. e por isso que nos temos que mudar essa visão.
Feira de Santana, Ba
Outubro/2001
Filo Arthropoda
O nome Arthropoda significa pés articulados (podos = pés; arthro = articulação). É o filo que apresenta o maior número de indivíduos do reino animal, possuindo hoje mais de 1.100.000 espécies já descritas. Possuem simetria bilateral, com esqueleto externo (exoesqueleto) formado pelo tegumento. Este, por sua vez, compreende a epiderme e a cutícula. O tegumento, sendo a camada externa dos artrópodes, possui as funções de proteção, sustentação e impede a perda de água. A cutícula é secretada pela epiderme que, quando recente, é flexível, mole; entretanto, passado algum tempo após a secreção, torna-se esclerotisada, principalmente pelo enrijecimento da quitina, que é a porção mais externa da cutícula. Em algumas articulações, a cutícula permanece flexível, não apresentando quitina (não é esclerotisada) mas sim a resilina, que é elástica. A existência de quitina rígida (exoesqueleto) impede o crescimento contínuo do artrópode; este crescimento é feito através de mudas ou ecdises, que são regulados por hormônios e outros processos endócrinos. Os apêndices locomotores ou alimentares são articulados e dispostos aos pares. O corpo é dividido em duas porções (cefalotórax e abdome, cabeça e tronco) ou três (cabeça, tórax e abdome). Internamente, apresentam uma cavidade geral (hemocele), cheia de líquido (hemolinfa), e os órgãos respiratório, circulatório, nervoso, digestivo, excretor e reprodutor. A superfície do corpo dos artrópodes é formada pela união de várias placas ou escleritos, unidos por suturas ou sulcos. Apresentam numerosas cerdas, acúleos, tubérculos e esporões, importantes na sistemática. A união dos escleritos forma anéis ou metâmeros que possuem as seguintes denominações: dois escleritos dorsais, chamados de tergitos, compõem o tergo ou noto; dois escleritos ventrais, chamados de esternitos, compõem o esterno ou ventre; dois escleritos laterais, chamados de pleuritos, compõem a pleura.
Classificação
O filo Arthropoda está subdividido nos seguintes subfilos e classes:
Subfilo Trilobita – Artrópodes fósseis, todas as espécies foram extintas.
B) Subfilo Chelicerata
Classe Merostomata – límulos
Classe Arachnida – escorpiões, aranhas, carrapatos
Classe Pynogonida – aranhas marinhas
C) Subfilo Mandibulata
Classe Crustacea – camarão, lagosta, pitu, caranguejos
Classe Insecta – insetos: moscas, pulgas, borboletas, etc
Classe Chilopoda – centopéia, lacraia
Classe Diplopoda – milipés, piolho de cobra, gôngolos
Classe Symphyla
Classe Pauropoda
D) Subfilo Pentastomida
Os Chilopoda, Diplopoda, Symphyla e Pauropoda compreendem a antiga classe Miriápoda, não mais aceita. O nome miriápoda pode, entretanto, ser utilizado para referir-se a todos estes animais em conjunto.
Exoesqueleto
O Exoesqueleto é quitinoso (cutícula) e dividido em placas. Em cada segmento a cutícula divide-se em 4 placas: 1 tergo (dorsal), 2 pleuras (laterais) e 1 esterno (ventral).
Posteriormente, várias placas fundiram-se dando origem às regiões corporais ou tagmos (p.ex.: nos insetos cabeça, tórax e abdômen). Simultaneamente, desenvolveram-se as membranas articulares (ou articulações) nas junções entre as placas, que permitem a movimentação do corpo e dos apêndices. Daí o nome arthrópoda que significa "pés articulados".
A cutícula é secretada pela epiderme (mais propriamente denominada hipoderme) e, além do revestimento externo, também recobre o intestino anterior e posterior, os túbulos traqueais dos insetos, quilópodos, diplópodos e alguns aracnídeos, os pulmões laminares dos escorpiões e aranhas e partes do sistema reprodutivo de alguns grupos. Todos estes segmentos cuticulares são eliminados durante a muda.
A cutícula é composta pelas seguintes camadas:
Ö Epicutícula – formada de proteínas e em alguns casos de cera ou hidrocarbonetos
Ö Prócutícula, que se divide em:
– camada pigmentada, formada de quitina e proteínas conjugadas ou simplesmente glicoproteínasExocutícula
Endocutícula – semelhante à exocutícula, mas inclui sais
A cutícula funciona com repelente hídrico e reduz a perda de água.
O crescimento se faz através de mudas ou ecdises, sendo os estágios entre mudas conhecidos como ínstares. As mudas são induzidas por hormônios como a ecdissona (secretada em glândulas endócrinas, como a glândula pró-torácica nos insetos).
Celoma e sistema sanguíneo-vascular
Quando comparado aos anelídeos, o celoma dos Arthopoda sofreu uma grande redução, ficando mais ou menos restrito às cavidades das gônadas e órgãos excretores em determinados grupos.
O sistema sanguíneo-vascular é composto por de um coração (tubo muscular perfurado por pares de aberturas laterais denominadas óstios, homólogo ao vaso dorsal dos anelídeos), vasos e uma hemocele. A sístole (contração) resulta da contração dos músculos da parede cardíaca e a diástole (expansão e preenchimento) resulta das fibras elásticas suspensoras ou, em algumas espécies, da contração dos músculos suspensores.
O sangue flui pelos óstios para o seio circundante ou pericárdio, depois para os tecidos corporais através de artérias e retorna por várias rotas para o seio pericárdio. O sangue contem várias células e também pigmentos como hemocianinas ou, mais raramente, hemoglobinas.
Excreção
Há dois tipos de órgãos excretores:
Túbulos de Malpighi – o material a ser excretado é depositado pelo sangue no interior do túbulo, passado ao intestino e eliminado pelo ânus.
Sáculos cegos pareados – que se abrem diretamente no exterior (poro excretor externo) por meio de dutos. O sangue é filtrado na parede do sáculo.
Sistema Digestivo
Subdividido em:
Ö Intestino anterior (ingestão, trituração e armazenamento de alimentos; revestido por cutícula)
Ö Intestino médio (produção, digestão e absorção de alimentos)
Ö Intestino posterior (absorção da água e formação das fezes; também revestido por cutícula)
Cérebro
O cérebro possui três regiões:
Ö protocérebro (anterior; ligado aos nervos óticos e à visão)
Ö deutocérebro (médio; ligado às antenas e c/ centros de associação, pode faltar nos quelicerados)
Ö tritocérebro (posterior; recebendo os nervos dos lábios, trato digestivo, quelíceras, segundas antenas dos crustáceos)
Órgãos sensoriais:
Ö Olhos simples, com poucos fotorreceptores. Não formam imagens.
Ö Olhos compostos, com milhares de unidades independentes, os omatídios, de forma hexagonal ou quadrada, cada um deles possuindo todos os elementos para a recepção de luz. Formam imagens em mosaico.
Em ambos os casos o esqueleto acima modifica-se para fornecer uma córnea (externa) e um cristalino interno, ambos transparentes para o olho. Na extremidade basal do omatídio encontra-se a retínula cujo centro é ocupado por um cilindro translúcido onde se arranjam as células receptoras, comumente sete ou oito, ligadas a sete ou oito axônios que deixam o omatídio, ligando-se posteriormente a um gânglio ótico dentro do cérebro.
Ö Sensilas, receptores de informações ambientais: podem ser pêlos ou cerdas, ou estruturas em forma de cabides, buracos ou fendas. São compostos por um ou mais neurônios somados a várias células que abrigam estes neurônios. São geralmente quimiorreceptores ou mecanorreceptores.
Reprodução e Desenvolvimento
Geralmente são dióicos. A fertilização é interna nos organismos terrestres e interna ou externa nos aquáticos. Os ovos são centrolécitos e a clivagem é intralécita ou superficial.
Referências Bibliográficas
AMABIS, José Mariano. Biologia. Moderna: São Paulo, 1978.
BARNES, Robert D. Zoologia dos Invertebrados. Rocca: São Paulo, 1990. 1179p.
PAULINO, Wilson Roberto. Biologia atual. Ática: São Paulo, 1998. 551p.
STORER, Tracy I. et al. Zoologia Geral. Nacional: São Paulo, 1998. 816p.
Estas perguntas foram feitas por pessoas que
participaram de atividades em educação para a saúde executada por nossa
equipe.
SE EDUCAR DÁ PARA EVITAR
As Doenças sexualmente transmissíveis são
transmitidas de pessoa a pessoa através do contato sexual, portanto é possível
evitá-la, bastando, para isso, não manter relação sexual com pessoas
portadoras de tais doenças. Algumas pessoas não sabem que são portadoras
dessas moléstias, pois não apresentam manifestações evidentes no corpo e por
vezes desconhecem estas manifestações. As principais doenças sexualmente
transmissíveis serão descritas de maneira bem reduzida.
DIAGNÓSTICO/TRATAMENTO
Em muitos casos, o médico diagnostica a doença no
momento da consulta; são solicitados exames laboratoriais para confirmação
diagnóstica. Sempre que possível, os parceiros sexuais devem comparecer à
consulta para investigação clínica. Na maioria dos casos, o tratamento é fácil
e normalmente as manifestações clínicas desaparecem em curto espaço de
tempo.
SÍFILIS
Também conhecida com Lues, começa com uma
discreta lesão (pequena ferida) nos órgãos genitais (pênis, vulva, vagina,
colo uterino) que não causa dor, geralmente única, que aparece 20 a 30 dias após
a relação sexual contaminada. Esta pequena lesão é chamada de Cancro Duro,
que desaparece espontaneamente em 1 mês. Depois de aproximadamente 10 dias do
aparecimento do Cancro Duro, surgem caroços nas virilhas (as ínguas) que
somem, apesar de não tratadas. Fica-se algum tempo (30 dias) sem manifestações
para então aparecerem manchas avermelhadas na pele, que parecem uma alergia,
porém com uma diferença: geralmente não coçam. Daí, então, a doença
evolui com aparecimento eventual de alterações na pele e mucosa,
principalmente ao redor dos órgãos genitais. Depois de 1 a 2 anos de evolução,
a doença entra na fase de latência (ausência de manifestações no corpo).
Depois desse período, a doença pode evoluir para fase tardia, principalmente
com lesões no coração e cérebro. A doença só continua quando não ocorre
tratamento adequado. As gestantes com Sífilis podem abortar ou gerar crianças
com graves problemas ou mesmo mortas, quando não tratadas. A Sífilis tem como
agente causador uma bactéria espiroqueta, Treponema pallidum. Existe um exame
de sangue (sorologia) que serve para fazer o diagnóstico e controlar a cura da
doença. O importante é que este exame só fica positivo após 5 semanas do
contato sexual contaminante e sua negativação, em muitos casos, só ocorre vários
meses após o tratamento. Em algumas pessoas, este exame pode ficar positivo (em
concentração muito baixa) por toda a vida, mesmo depois da cura completa da
doença. É sempre necessário orientação do médico, pois só ele sabe
interpretar os resultados de sorologia para Sífilis.
GONORRÉIA
No homem inicia-se após um período que varia de 2 a
10 dias do contato sexual, com uma secreção amarelada e viscosa na uretra
(canal do pênis), seguida de ardência e dor ao urinar. Já na mulher pode não
haver manifestações (forma assintomática), contudo, quando os apresenta, os
problemas são traduzidos por corrimento vaginal amarelado, bem viscoso e quase
sempre com odor desagradável. Não sendo prontamente tratada, pode haver
complicações. No homem leva à infeção na próstata e nos testículos. Na
mulher, freqüentemente é causa de salpingite (infeção nas trompas), que
causa fortes dores na barriga. A salpingite pela Gonorréia complica-se com
obstrução das trompas, sendo causa de esterilidade (impossibilidade de ficar
grávida).Embora seja raro a Gonorréia pode evoluir para causar lesões em
articulações, fígado e até no cérebro. Durante o parto, a mulher com Gonorréia
transmite a doença ao bebê, podendo a criança apresentar problemas nos olhos.
A Gonorréia é uma das Doenças Sexualmente Transmissíveis mais freqüente. O
causador é uma bactéria, Neisseria gonorrhoeae (Gonococo).
CANCRO MOLE
Popularmente chamado Cavalo, é causado por uma
bactéria, Haemophilus ducreyi, e apresenta nos órgãos genitais várias
feridas ulceradas, dolorosas, que são acompanhadas de (íngua na virilha (bubão)
e desaparecem quando são tratadas. O bubão geralmente se rompe com orifício
único.
CONDILOMA ACUMINADO
Ou Crista de Galo, é uma doença causada por
um vírus, o Papillomavírus humano. As lesões do Condiloma, também nos órgãos
genitais, são do tipo verrugas, lembrando couve-flor. Contudo, em algumas
manifestações clínicas podem ser bem diferentes. Em outras ocasiões, um dos
parceiros pode apresentar lesões típicas (tipo couve-flor), enquanto o outro
parceiro pode não ter lesão evidente, mas ser portador do vírus, também
conhecido como HPV.O tratamento do Condiloma Acuminado é feito com substâncias
ou intervenções que só os médicos devem manusear, pois podem causar sérios
problemas quando usadas sem os cuidados necessários.
LINFOGRANULOMA VENÉREO
Também chamado Mula, é causado por uma bactéria,
que é a Chlamydia trachomatis. Inicia-se com discreta lesão nos órgãos
genitais, que na maioria dos casos nem é percebida. Causa grande íngua na
virilha (bubão), que tende a se romper em múltiplos orifícios. Sua evolução
é muita lenta e pode causar elefantíase, que é um aumento acentuado dos órgãos
genitais externos. Na mulher, na fase bem avançada da doença, pode também
causar estreitamento do ânus.
HERPES GENITAL
É causado por um vírus e sua manifestação
maior é a formação de vesículas (pequenas bolhas) que se rompem causando
dor, tipo queimação e ardência nos órgãos genitais. A doença aparece e
desaparece espontaneamente, estando ligada a fatores desencadeantes como o
Stress. Apesar de não se ter, até hoje, uma medicação para o tratamento do
Herpes, é errado pensar que a doença não tem cura. É relatado que, afastando
os fatores irritantes e traumático, a doença pode ficar sob controle, até que
o próprio organismo desenvolva um mecanismo interno de defesa.
URETRITE NÃO GONOCÓCICA
Infeção na uretra mas que não é gonorréia
pode ser causada por vários germes. A maioria dos homens com Uretrite não
gonocócica apresenta uma leve secreção na uretra (canal do pênis), sente
pouca dor e discreta ardência ao urinar. Pode ser uma doença grave quando não
tratada. A maior parte das mulheres não possui sintomas da doença; porém,
elas podem transmitir a moléstia a seu parceiro.
INFECÇÕES VAGINAIS
São causadas por diferentes germes que
provocam corrimento branco-amarelado ou acinzentado, coceira, dor durante a relação
sexual, ardor e odor ativo. Na maioria das vezes, os parceiros sexuais não
apresentam sintomas, mas podem ser portadores de tais germes. Por isso, pode ser
indicado exame médico e conseqüente tratamento dessas pessoas.
CANDIDÍASE
A candidíase é uma infecção causada por fungo do
gênero Cândida. A candidíase é uma micose que tem aumentado muito a sua freqüência
nos últimos tempos. Constitui-se atualmente em um dos tipos mais comuns de
vulvovagininite e é mais frequente na mulher grávida.
Atualmente, aceita-se como frequente a transmissão
pela via sexual, embora contaminação, a partir do sistema gastrintestinal,
seja bastante comum.
A recidiva ou reinfecção constitui-se um problema
crucial da candidíase vulvovaginal. Aceita-se como causas importantes de
reinfecção a contaminação a partir do sistema digestivo ou a partir do
parceiro sexual.
Na candidíase vulvovaginal recidivante recomenda-se
o tratamento da forma vaginal e intestinal e do parceiro
Visando melhorar a eficácia da terapêutica, devem
ser observadas: higiene íntima diária com sabão neutro e água, ferver roupas
íntimas, proporcionar boa aeração vulvar, evitar uso de roupas de fibras sintéticas
ou vestimentas apertadas, e afastar tanto quanto possível, os fatores
predisponentes.
O sofrimento e a angústia, causados pela recidiva ou
persistência dos sintomas, podem produzir desajuste conjugal e necessitar apoio
psicoprofilático.
TRICOMONÍASE
A tricomoníase é uma infecção causada pelo
protozoário Trichomonas vaginalis no trato gênito-urinário da mulher e do
homem. É o tipo mais frequente de vulvovaginite na mulher adulta.
A via de transmissão principal é o contato sexual,
em condições especiais é possível outras formas de transmissão, contudo são
estatisticamente desprezíveis.
A tricomoníase é a infecção que mais se associa a
outras D.S.T.
No homem – Na quase totalidade dos casos é
assintomático, mas alguns apresentam quadro clínico típico de uma uretrite não
gonocócica acrescido de prurido no meato uretral ou sensação de fisgadas na
uretra.
Na mulher – A ausência de sintomas ocorre com freqüência
nas mulheres infectadas de Tricomonas. Entretanto como estas são capazes de
transmitir a doença e a maioria apresentarão manifestações clínicas, devem
ser tratadas.
O tratamento deve ser simultâneo para os parceiros
sexuais. Procure serviços de saúde em caso de duvidas.
SIDA/AIDS
A Sida/Aids (Síndrome de Imunodeficência
Adquirida), é uma doença causada pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH
ou HIV) que infecta principalmente as células necessárias à defesa do
organismo, permitindo que outros vírus, fungos, bactérias ou protozoários
causem a morte do indivíduo. O HIV transmite-se através da relação sexual
sangue contaminado e por via placentária.
Adoecem mais facilmente: os homens com hábitos
homossexuais porque a mucosa do intestino, inclusive o reto,
tem receptores para o vírus. as pessoas transfundidas com sangue e derivados
contaminados, já que uma única transfusão é
suficiente para infectar o indivíduo.os usuários de drogas por via venosa que
fazem uso em grupo (cocaína, heroína, etc., suprimem fortemente a
imunidade);os parceiros sexuais dos pacientes contaminados HIV positivos;as
crianças que nascem de mães infectadas. As mulheres mesmo não sendo boas
transmissora do vírus podem contaminar seus parceiros, contudo são receptoras
naturais do esperma contaminado.O período de incubação varia de algumas
semanas a alguns meses, dependendo da via de contaminação. Após este prazo o
doente pode apresentar a fase aguda cujos sintomas variam desde uma simples
gripe até formas com febre, diarréia, aumento de gânglios, infecções de
garganta, fígado e baço aumentados, meningites, etc.
Depois de trinta dias, aparecem os anticorpos contra
o HIV e o paciente fica sem sintomas, apesar de contaminante, por vários anos,
até que fatores externos (outras viroses, outras causas) diminuam a sua resistência,
facilitando as infecções oportunistas e os cânceres característicos da Aids.
Os primeiros sintomas desta síndrome podem ser febre
elevada e contínua, diarréias intermitentes e prolongadas, emagrecimento
acentuado e mais tarde o aparecimento das outras infecções, sendo a mais comum
a candidíase oral (sapinho na boca).
O tratamento inclui a manutenção do bem-estar do
doente, o controle da multiplicação do vírus, o controle das infecções
oportunistas e das neoplasias.
Não há até o momento nenhum medicamento que
elimine o HIV.
Na prevenção da doença, destacam-se:
o uso de preservativos (camisinha) e espermaticidas
nas relações sexuais com parceiros mal conhecidos;
a redução do número de parceiros sexuais;
fazer teste de cada sangue doado com provas de antígenos
e anticorpos do HIV;
o uso de seringas e agulhas esterelizadas ou descartáveis
individuais para quem é dependente de drogas injetáveis; assim como em todas
as injeções;
facilitar os métodos anticoncepcionais para diminuir
possibilidades de gravidez em mulheres infectadas, em idade fértil.
IMPORTANTE
A Sida/Aids não pega pela convivência em casa ou no
trabalho, nem pelo beijo, abraço, aperto de mão, uso de banheiros, toalhas,
roupas, talheres, copos e pratos, doação de sangue e picadas de insetos.
O QUE É O TESTE SOROLÓGICO PARA SÍFILIS?
Sífilis é uma doença causada por uma bactéria,
Treponema pallidum, que na maioria das vezes, é transmitida através da relação
sexual. O tratamento é fácil e barato, quando realizado em tempo e de maneira
eficaz, sendo a cura completa.
Inicialmente, apresenta ferida nos órgãos genitais,
que não dói e desaparece sem qualquer tratamento. Posteriormente, surgem
manifestações na pele, que podem lembrar intoxicação por alimentos ou
alergias. Estas também podem desaparecer sem tratamento, o que não quer dizer
que a doença tenha sido curada. Ela continua a evoluir, atacando o organismo
por dentro e causando lesões importantes, podendo até levar à morte.
Tudo isso quando não houver tratamento.
A freqüência da sífilis e maior que imaginamos e
uma das maneiras de descobri-la e através de um exame: sorologia para sífilis
ou sorologia para lues ou VDRL. Este exame detecta e quantifica os anticorpos
(soldados de defesa do organismo) que aparecem no sangue em torno de cinco
semanas após a contaminação. Portanto, testes realizados muito antes deste
tempo podem não ter valor.
Após o tratamento, e necessario que o paciente seja
submetido ao teste periodicamente, para se avaliar a eficacia do tratamento.
É comum a pessoa que teve a doença e que fez o
tratamento correto apresentar teste reator, (positivo) porém com pequena
quantidade de anticorpos. É o que se chama de “cicatriz” sorologica e
indica que o paciente teve sífilis, mas esta curado.
Nosso Setor faz de rotina a sorologia para sífilis
dos pacientes que nos procuram, e que desejam, contribuindo dessa forma para
diagnosticar cada vez mais pessoas com a doença e promover a diminuição da
incidência da sífilis, doença tão antiga e bastante grave, quando não
tratada.
PREVENINDO O CÂNCER
É fundamental que as mulheres procurem
auxílio médico, para, uma vez por ano, serem submetidas a exame ginecológico
e exame das mamas.
Mesmo as que não mantenham relação sexual, devem
fazer preventivo todos os anos.
Os homens devem vencer os preconceitos e procurar auxílio
médico para exame da próstata a cada um ano, principalmente após os 45 anos
de idade.
NÃO ESQUEÇA
Essas doenças podem acometer a todos nós,
por isso não fique com vergonha. Não procure um amigo leigo ou uma farmácia,
pois isso fará aparecer erros grosseiros no diagnóstico e tratamento. O
prejudicado será você. PROCURE UM SERVIÇO DE SAÚDE.
Não mantenha relação sexual DE MANEIRA
ALGUMA , caso seja portador de uma Doença Sexualmente Transmissível. Avise o
parceiro sexual, caso você apresente algumas dessas doenças, para que ele também
possa procurar um médico. SEMPRE. Cumpra rigorosamente o que seu médico
aconselhar. ESSAS DOENÇAS PODEM AGRAVAR-SE MUITO. Quanto mais parceiros sexuais
um pessoa possui, maior a possibilidade de contrair tais doenças. O homem pode
diminuir o contágio usando preservativo de látex (camisinha). Para os dois
sexos, a lavagem com água e sabão dos órgãos genitais antes e após a relação
é uma medida excelente. "Camisinha" ou preservativo vem enrolado e
tem em sua parte superior uma saliência, onde se depositará o material
ejaculado. Deverá ser desenrolado sobre o pênis ereto, mantendo-se a saliência
comprimida para retirar o ar antes de se iniciar a relação sexual. Desenrole a
camisinha até a base do pênis, deixando-a ainda um pouco enrolada para
pressionar e mantê-la segura. Se você tiver fimose, rebaixe o prepúcio antes
de desenrolar a camisinha. Caso você ache que a lubrificação que já vem na
camisinha seja pouca, passe mais lubrificante á base de água depois de
desenrolá-la. Não lubrifique o pênis antes de vestir a camisinha. O pênis
deve ser retirado ainda ereto da vagina, firmando-se a parte final do
preservativo, segurando-a pela base para que a camisinha não fique dentro do
parceiro. Depois de retirada, dê um nó e jogue-o no cesto de lixo. Nunca usar
o preservativo mais de uma vez. Utilize apenas lubrificantes solúveis em água.
USO CORRETO DO PRESERVATIVO MASCULINO - OBSERVE
O FILME.
PRESERVATIVO FEMININO
Conhecida como FEMIDON, a camisinha feminina é um método
recente, que ainda não está aprovado pelo Ministério da Saúde, pois está em
fase de testes em São Paulo, tendo conseguido os seguintes resultados, de 96
mulheres das diversas camadas sociais, 75% gostaram muito, 17,5% dos homens
afirmaram que não gostaram nada; do total quase 90% das mulheres e 62,6% dos
homens disseram que gostariam de continuar usando o método.
Sua apresentação é parecida com um saco plástico,
lubrificado, que deve ser inserido dentro da vagina se adaptando anatomicamente
ao colo do útero, não deixando os espermatozóides passarem, no lado de fora
fica um anel bem acomodado na região da vulva.
Como todo produto contraceptivo há suas vantagens e
desvantagens. Como vantagem maior podemos citar a proteção contra as DST, porém
sendo um pouco desconfortável, possui colocação demorada e requer um pouco de
pratica.
ATENÇÃO
Com tantos locais disponíveis fazendo o teste
anti-HIV (inclusive o Setor de DST/UFF), e Bancos de sangue, não se justifica o
temor de doar sangue. No caso da AIDS, a doação de sangue não representa
risco para o doador. É necessário que o doador tenha consciência desses fatos
e não transforme uma ação humanitária em risco para o doente que irá
receber o sangue. Se o estilo de vida do doador coloca em risco de contágio,
deve-se evitar a doação. Por outro lado, se tal risco não existe, não
deve-se negar a vida aos que precisam. Não se justifica a procura de um Banco
de Sangue, para doação, com a única finalidade de fazer o exame.
ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DAS DOENÇAS SEXUALMENTE
TRANSMISSÍVEIS
Relatam Kolondy, Master e Jonhson que a maioria
das pessoas reage à notícia de que estão com uma DST, com incredulidade e
raiva. Infelizmente, algumas pessoas mostram-se tão relutantes em admitir que
possam estar com uma DST, que adiam a ida ao médico como meio de negar a
realidade da situação, como se fingir que uma doença não existe a fizesse ir
embora, visto que a maioria dos sintomas das DST desaparecem em poucas semanas,
esses indivíduos enganam a si mesmos pensando que "afinal de contas não
foi nada": continuam a abrigar a doença no corpo e expõe também os
parceiros sexuais ao risco de uma infecção.
Algumas pessoas relutam em ir a um médico quando
apresentam sintomas de uma possível DST, porque têm receio de receber um sermão
ou preocupam-se com o sigilo com que o caso será tratado.
Nem sempre uma infecção ou outra alteração nos órgãos
genitais interfere na sexualidade do indivíduo acometido ou de seu parceiro
sexual. Tal aspecto varia para cada pessoa onde sofre influência do tipo da
doença adquirida, da reação emocional desencadeada em si e/ou em seu
parceiro, possibilidade de atenção médica, psicológica, social adequada e rápida,
da possibilidade imediata de diagnóstico, tratamento e acompanhamento, segurança
na confiabilidade do atendimento, entre outros.
Embora as DST normalmente não interfiram com o
componente físico da atividade sexual, algumas pessoas se vêem com
dificuldades sexuais devidos aos efeitos psicológicos trazidos pela descoberta
de que estão com uma DST. Muitas vezes, esses indivíduos sentem-se culpados e
constrangidos em relação ao que aconteceu. Por vezes, concluem que a doença
foi uma maneira de Deus adverti-los ou puni-los por transgressões sexuais.
Visto que igualam sexo a pecado, não é de supreender que essas pessoas
manisfestam, ocasionalmente, inibições sexuais.
Para que as pessoas possam pensar com naturalidade a respeito do sexo, é necessário que tenham recebido orientação e informações sobre sexualidade e que essas informações tenham sido passadas adequadamente, a fim de que se possa dizer que os indivíduos, que as receberam, foram educados sexualmente.(VENCER PRECONCEITOS É FALAR DE FRENTE).
A primeira informação que devemos ter é que anabolizante é qualquer substância que auxilie o corpo no anabolismo. Portanto, nem todos anabolizantes são proibidos ou perigosos. Apenas os anabolizantes esteróides são substâncias perigosas a saúde.
Os
esteróides anabolizantes, mais conhecidos apenas com o nome de anabolizantes, são
drogas relacionadas ao hormônio masculino Testosterona fabricado pelos testículos.
A testosterona administrada por via oral é prontamente absorvida, mas apresenta
baixa eficácia, já que grande parte do hormônio é metabolizado pelo fígado
durante o efeito de primeira passagem. O mesmo ocorre quando a testosterona é
injetada na forma de solução oleosa, sendo rapidamente absorvida, metabolizada
e excretada.
Várias
formulações de testosterona foram desenvolvidas para contornar os problemas
inerentes à rápida depuração observada após a administração oral ou
parenteral.
Os
ésteres de testosterona são menos polares do que o esteróide livre, sendo,
portanto, absorvidos de modo mais lento quando administrados por via
intramuscular em veículo oleoso, ou quando administrados por via oral (no caso
do undecanoato de testosterona), prolongando-se, desta forma, o tempo de
intervalo entre as doses. De acordo com Katzung (1998) a atividade androgênica:
anabólica relativa dos derivados de testosterona é de 1:1 em animais.
Relacionamos
abaixo algumas preparações à base de testosterona disponíveis:
Androxon®
(undecanoato de testosterona);
Testoviron®
(enantato de testosterona);
Deposteron®
(cipionato de testosterona);
Testex®
(propionato de testosterona);
Durateston®
(decanoato de testosterona);
(fenilpropionato de testosterona); (isocrapoato de
testosterona); (propionato de testosterona).
·
Nandrolona Ý
Deca-Durabolin® (17-decanoato de nandrolona)
A
nandrolona apresenta atividade androgênica: anabólica relativa variando de
1:2,5 a 1:4 (Katzung, 1998). A liberação de depósitos intramusculares ocorre
por até 4 dias, numa taxa relativamente constante, após a injeção.
·
Estanozolol ÝWinstrol®
(estanozolol)
O estanozolol apresenta atividade androgênica: anabólica relativa variando de 1:3 a 1:6 (Katzung, 1998).
A questão do efeito dos anabolizantes sobre o desempenho atlético dos homens não tem solução científica fácil, já que a acentuada incidência de efeitos colaterais nas dosagens tomadas pelos atletas acaba não permitindo estudos mais detalhados sobre a sua eficácia, sendo mal compreendidos esses efeitos decorrentes de abuso. Estudos de toxicidade a longo prazo ainda não foram realizados para qualquer um destes agentes. Ben Johnson perdeu a medalha nos Jogos Olímpicos de Seul em 1988 por ter usado o estanozolol.
Todos os efeitos colaterais são mais comuns em mulheres e adolescentes, podendo ser de natureza virilizante, feminizante e tóxica.
Os anabolizantes possuem vários usos clínicos, nos quais sua função principal é a reposição da testosterona nos casos em que, por algum motivo patológico, tenha ocorrido um déficit.
Além
desse uso médico, eles têm a propriedade de aumentar os músculos e por esse
motivo são muito procurados por atletas ou pessoas que querem melhorar a
performance e a aparência física. Segundo especialistas, o problema do abuso
dessas drogas não está com o atleta consagrado, mas com aquela “pessoa
pequena que é infeliz em ser pequena”. Esse uso estético não é médico,
portanto é ilegal e ainda acarreta problemas à saúde.
HISTÓRIA DOS ESTERÓIDES ANABOLIZANTES
Os esteróides são substâncias que já vem sendo usadas por muitos anos. Quando vencer era importante, atletas só se preocupavam em combater seus rivais, nunca pararam para distinguir o “natural” do “artificial”.
Na antiga Grécia, muitos campeões olímpicos devem ter perdido sua glória por ter ingerido testículos de carneiro (principal origem de testosterona). Os africanos usam plantas desde a antigüidade para afastar a fadiga e o cansaço, os noruegueses Vikings comiam fungos para se manterem acordados e descansados para as suas batalhas e conquistas pelo alto mar.
O primeiro caso moderno documentado de doping aconteceu em 1865, com Deutch, que usava estimulantes afim de melhorar a sua performance na natação. No séc. XIX, de acordo com os jornalistas, os ciclistas europeus estavam se drogando com “produtos milagrosos” originados da cafeína para uma camada de cubos de açúcar, com a finalidade de acabar com a dor e a exaustão dos esportes.
Os esteróides são conhecidos desde 1935, mas menos como substância e mais como um para efeito dos andrógenos. O uso dos esteróides anabólicos data de 1941, na Segunda Guerra Mundial. Ele serviu como material de intendência para as tropas americanas. Seguiam juntamente com as botas, casacos, armas e comida para a frente de batalha. Os uso por atletas data de 1954, mas, somente em 1972, nos Jogos Olímpicos de Munique, passaram a fazer parte da lista de drogas proibidas pelo Comitê Olímpico Internacional.
Não há nenhuma estatística brasileira, mas acredita-se que o uso ou o abuso dos esteróides anabolizantes assumiu uma grande importância social, pois não só os atletas abusam dos anabolizantes. Estatísticas americanas podem nos dar uma idéia desse quadro. 50% dos atletas olímpicos americanos declararam espontaneamente que fazem uso de anabolizantes. Entre os atletas do segundo grau e universitários 16% disseram que fazem uso. Mas, o mais alarmante é que 5% dos jovens, de uma forma geral, mesmo que não estejam engajados em nenhum esporte, usam anabolizantes.
Os esteróides anabolizantes podem ser tomados na forma de comprimidos ou injeções e seu uso ilícito pode levar o usuário a utilizar centenas de doses a mais do que aquela recomendada pelo médico. Freqüentemente, combinam diferentes esteróides entre si para aumentar a sua efetividade. Outra forma de uso dessas drogas, é toma-las durante 6 a 12 semanas, ou mais e depois parar por várias semanas e recomeçar novamente.
No Brasil
não se tem estimativa deste uso ilícito, mas sabe-se que o consumidor
preferencial está entre 18 a 34 anos de idade e em geral é do sexo masculino.
TIPOS DE ESTERÓIDES ANABOLIZANTES
Foram produzidos vários tipos de esteróides anabólicos pela
indústria farmacêutica: supositórios, cremes, selos de fixação na pele e
sublingual, porém os mais consumidos são os: orais e os injetáveis.
Orais: Via comprimido, na sua ingestão passa pelo estômago, é absorvido pelo intestino, processado pelo fígado, então vai para a corrente sangüínea. Como o fígado é responsável pela destruição de qualquer corpo estranho no organismo, vários esteróides estavam sendo destruídos através de um processo chamado 17 alpha alcanilização. A alcanilização provoca uma sobrecarga no fígado que acaba danificado por um esforço para combater algo que não consegue processar.
Injetáveis: os esteróides injetáveis são menos nocivos do que os orais, por não passar por um processo de alcanilização. Esse tipo de esteróide passa pela corrente sangüínea via muscular, e uma das vantagens é que a base oleosa permanece na corrente sangüínea com uma longa duração, visto que o óleo demora para se dissipar no local da aplicação devido a sua viscosidade. As desvantagens dos anabolizantes injetáveis é que são mais tóxicos para os rins e são desconfortáveis devido a sua forma de aplicação: “injetável”.
DOPING NO ESPORTE
O doping pode ser classificado como qualquer substância ilícita utilizada a fim de aumentar o desempenho atlético. As substâncias proibidas são distribuídas em 5 grupos principais, segundo o COI (Comitê Olímpico Internacional), e são:
1.
Estimulantes
2.
Narcóticos e analgésicos
3.
Anabolizantes
4.
Diuréticos e
5.
Hormônios peptídicos e análogos
ESTIMULANTES:
Amineptina, amfrepramona, amifenazola, anfetamina, bambuterol,
bromatan, cafeína, carfedon, catina, cocaína, cropropamida, crotetamida,
efedrina, etamivan, etilamfetamina, etilefina, fecanfamina, fenetilina,
fenfluramina, formoterol, heptamol, metilendioxianfetamina, mefenorex,
mefentermine, mesocarb, metanfetamina, metoxifenamina, metilefedrina,
metilfenidate, niketamina, norfenfluramina, para hidroxianfetamina, pernolimen,
pentilentetrazol, fendimetrazine, fentermine, fenileprine, fenilpropanolamina,
foledrine, pirpradol, prolintane, propilhexedrina, pseudoefedrina, reproterol,
salbutamol, salmeterol, seleginiline, strichina, terbutaline.
NARCÓTICOS:
Buprenorfina,
dextromoramida, diamorfina (heroina), hidrocodone, metadona, morfina,
pentazocina, petidina.
AGENTES ANABÓLICOS:
Androstenediol,
androstenediona, bambuterol, boldenona, clembuterol, costebol, danazol,
dehidroclormetiltestosterona, dehidroepiandrosterona (DHEA),
dihidrotestosterona, drostanolona, fenoterol, formoterol, fluoximesterona,
formebolona, gestrinona, mesterolona, metandienona, metenolona, metandriol,
metiltestosterona, mibolerona, nandrolona, 19-norandrostenediol,
19-norandrostenediona, noretandrolona, oxandrolona, oximesterona, oximetolona,
reproterol, salbutamol, salmeterol, stanozolol, terbutalina, testosterona,
trenbolona.
DIURÉTICO:
Acetazolamida,
bendroflumetiazida, bumetanida, canrenona, clortalidona, ácido etacrínico,
furosemida, hidroclorotiazida, indapamida, manitol, mersalil, spironolactona,
triamterene.
HORMÔNIOS PEPTIDEOS, MIMETICOS E ANÁLOGOS:
ACTH,
eritropoietin (EPO), hCG, Hgh, insulina, LH.
AVISO: esta não é uma lista exaustiva de substâncias proibidas. Substâncias que não aparecem nesta lista podem ser proibidas sob o termo “... e substâncias relacionadas”.
Todos os atletas são fortemente advertidos para somente tomarem medicamentos que são prescritos por médicos e para assegurar que eles contem somente drogas que não são proibidas pela comissão médica do COI ou autoridades responsáveis.
Sempre
que o atleta é requisitado para realizar um exame de controle de doping, é
essencial que todos os medicamentos e drogas tomadas ou administradas nos três
dias prévios sejam declarados no Registro Oficial de Controle de Doping.
APLICAÇÕES CLÍNICAS
·
Terapia de Reposição
Hormonal em Indivíduos do Sexo Masculino:
A indicação
terapêutica mais clara para os androgênios é a deficiência da função endócrina
testicular, sendo os ésteres de testosterona os fármacos de preferência.
·
Distúrbios Ginecológicos:
Ocasionalmente utiliza-se androgênios no tratamento de certos distúrbios ginecológicos, porém, em função dos efeitos indesejáveis em mulheres, são utilizados com extrema cautela.
Em alguns casos, os androgênios são associados, a estrogênios na terapia de reposição hormonal pós-menopausa, de modo a eliminar o sangramento endometrial que pode ocorrer quando o tratamento é feito apenas com estrógenos.
A testosterona tem um efeito paliativo em algumas mulheres com câncer de mama. Porém, como as taxas de remissão são maiores com a terapia convencional, os androgênios não exercem um papel importante no tratamento deste distúrbio.
·
Estímulo da Eritropoiese:
A diferença
no hematócrito entre homens e mulheres é o resultado de um efeito estimulatório
da testosterona na formação da eritropoietina. Em função destes efeitos, os
androgênios têm sido utilizados no tratamento de anemias refratárias, tanto
em homens como em mulheres. A terapia androgênica também foi tentada nas
anemias associadas com a insuficiência da medula óssea e insuficiência renal.
Ainda não foi esclarecido se os benefícios destes tratamentos superam os
efeitos adversos potenciais.
·
Desempenho Atlético:
Os androgênios são utilizados por atletas na crença de melhoria do desempenho atlético. Estes hormônios promovem o crescimento muscular em adolescentes e mulheres de todas as idades (tendo o receptor androgênico como mediador), mas não se tem conhecimento das propriedades benéficas no desenvolvimento muscular, balanço nitrogenado ou desempenho atlético nos homens sexualmente maduros. Estudos bem controlados dos efeitos dos esteróides anabolizantes sobre a força e o desempenho em atletas condicionados proporcionaram resultados não conclusivos.
A questão do efeito dos anabolizantes sobre o desempenho atlético dos homens não tem solução científica fácil, já que a acentuada incidência de efeitos colaterais nas dosagens tomadas pelos atletas acaba não permitindo estudos mais detalhados sobre a sua eficácia, sendo mal compreendidos esses efeitos decorrentes de abuso. Estudos de toxicidade a longo prazo ainda não foram realizados para qualquer um destes agentes.
Todos os efeitos colaterais são mais comuns em mulheres e adolescentes, podendo ser de natureza virilizante, feminizante e tóxica.
Alguns efeitos colaterais dos esteróides anabolizantes
Segundo Guimarães Neto, o principal culpado pelos efeitos colaterais provocando pelo uso de anabolizantes é um hormônio denominado: DIHIDROTESTOSTERONA (DHL).
Os efeitos indesejáveis provocado por essa droga são: Calvície, Hipertrofia Prostática, Acne, Agressividade, Hipertensão, Limitação do Crescimento, Virilização em mulheres, Aumento do Colesterol, Ginecomastia, Dores de Cabeça, Impotência e Esterilidade, Insônia, Hepatoxidade, Problemas de Tendões e Ligamentos, entre vários outros.
1.
Calvície:
o DHL, faz com que o folículo capilar pare de crescer
cabelo;
2.
Hipertrofia Prostática: o DHL, tem um papel importante no mecanismo
de aumento prostático, podendo levar o consumidor a impotência;
3.
Acne: o DHL, faz com que as glândulas sebáceas produzam mais óleo,
isto é combinado com as bactérias do ar e pele seca formam a acne;
4.
Agressividade: é a causadora deste estado por ser uma droga muito
andrógena;
5.
Hipertensão:
Isso ocorre, pois os esteróides provocam grande retenção
de água, inclusive no sangue, fazendo que este aumente de volume, em conseqüência
de pressão;
6.
Limitação de Crescimento: Alguns tipos de esteróides usados em
longa duração ou em quantidade abusivas, tem como efeito colateral o
fechamento prematuro dos discos de crescimento localizado nas epífise ósseas;
7.
Aumento do Colesterol: Os esteróides tem como efeito colateral o acúmulo
de LDL e diminuição do DHL. (Os esteróides anabolizantes são um tipo de
colesterol);
8.
Virilização em Mulheres: Pode ocorrer nas mulheres que utilizam
esteróides o crescimento de pelos, engrossamento da voz, hipertrofia do clitóris
e amenorréia;
9.
Ginecomastia: Excessivo desenvolvimento dos mamilos em indivíduos do
sexo masculino, que é conhecido popularmente como “TETA DE VACA”;
10.
Dores de Cabeça: Também é ocasionada em função dos esteróides
mais androgênicos e dos efeitos da elevação da pressão arterial;
11.
Impotência e Esterilidade: No início do tratamento com esteróides,
o homem passa por uma fase de excitação sexual com o aumento da freqüência
das ereções, entretanto dura por apenas algumas semanas, isto se reverte
gradualmente até a perda do interesse sexual. Esse desinteresse é o resultado
da redução da produção de testosterona devido a elevação excessiva de
testosterona no corpo;
12.
Insônia:
os anabolizantes tem um efeito de estimulante no sistema
nervoso central, que provoca insônia;
13.
Hepatoxidade: o fígado é prejudicado ou lesionado pelos esteróides
mais tóxicos, porém estas lesões são reversíveis tão logo o uso seja
interrompido;
14.
Problemas de Tendões e Ligamentos: os esteróides anabólicos fazem
com que os músculos se desenvolvam rapidamente, e este desenvolvimento não é
acompanhado pelos tendões e ligamentos que se desenvolvem lentamente, isto
causa problemas para tendões e ligamentos como: inflamação, inchaço e até
ruptura;
OS RESULTADOS ‘BENÉFICOS’ DO USO DOS ESTERÓIDES
·
Aumento de força e volume
muscular:
As
miofibrilas (elementos contráteis da célula muscular), aumentam de número
através do treinamento intenso e regime alimentar adequado. Uma certa
quantidade de força pode ser conseguida, contudo, esta é temporária. Também
há um crescimento em volume devido tanto a edema (retenção de água) quanto
ao aumento do conteúdo sarcoplasmático (músculo).
·
Aumento do nível respiratório
e resistência:
Aumento
do número de mitocôndrias melhorando assim a capacidade de respiração
celular. Também porque o nível de cortisona no sangue aumenta, fornecendo
maior resistência.
·
Aumento da vascularidade (fisiculturistas):
Acredita-se
que o aumento da pressão sangüínea que geralmente acompanha o uso de esteróides
seja o fator principal.
·
Melhoria no tempo de
recuperação após lesão ou treinamento:
Devido ao
fato da maior quantidade de nitrogênio no organismo e consequentemente
facilidade para repor os tecidos.
·
Aumento da capacidade de
executar repetições e séries com mais intensidade e peso:
Provém da ressintetização do creatino-fosfato (cp), um importante substrato de energia rápida do músculo e também pelo aumento de cortisona no sangue.
·
Aumento da agressividade:
Também apresenta-se como um fato benéfico pois acredita-se que o aumento de agressividade faça com que a pessoa trabalhe com mais esforço para mover pesos pesados.
Deve-se ressaltar que, enquanto a prova empírica é geralmente um forte suporte para muitos efeitos, ditos benéficos, provenientes do uso de esteróides, existe muito pouca escrita cientificamente sobre o assunto.
Hoje, os estudos que afirmam que os esteróides não desenvolvem o crescimento muscular ou a força (as duas principais razões para a utilização de esteróides por parte dos atletas) são ridicularizados. Muitos desses estudos geralmente contém graves falhas no método pois não se pode trabalhar com altas doses desta droga em seres humanos ficando assim, uma grande lacuna e nos obrigando a procurar informações em estudos empíricos através dos atletas que usam e/ou já usaram esteróides.
O Comitê
Olímpico Internacional, assim como outros órgãos administrativos do
esporte tem seguinte posição: “Os
esteróides anabólicos são prejudiciais à saúde e anti-éticos”.
Aqueles que sustentam esta posição ética alegam que não é apenas desleal os atletas tentarem conseguir vantagens desonestas em relação aos adversários através do uso de esteróides, mas também anti-ético ao próprio princípio do esporte – cultivar a saúde.
Há também atletas que defendam seu uso e expressam-se das seguintes formas:
“Nenhuma pesquisa ou evidência empírica mostra que os riscos são
maiores que as recompensas, mediante o uso adequado de esteróides. As drogas
estão à disposição de todos – trata-se de uma decisão pessoal”.
Portanto, enquanto houver meios de aumentar a sua proximidade de um super-homem mesmo que ilegais o ser humano continuará a usá-los. O uso de esteróides anabolizantes oferece vantagens e performances melhoradas apenas para esportes anaeróbicos ou de explosão, ao contrário para esportes aeróbicos.
Nos esportes anaeróbios estão concentrados a massa de usuários destes e médicos e professores de Educação Física deverão estar muito atentos para identificar abusos. Estatisticamente, levantamento de peso, natação, fisiculturismo, entre outras provas que envolvem força instantânea (explosão), estão no campo dos esportes dos usuários de esteróides.