OS SECULARES CAVALEIROS TEMPLÁRIOS

Os Templários são uma comunidade fraternal interessada em buscar e investigar as possibilidades da vida. Suas tradições foram transmitidas dentro dos Templos, de pessoa para pessoa, e contam como a Ordem teve o seu nascimento como Escola de Mistério, de Sabedoria Secreta.

A Ordem foi fundada em 1118, na época das Cruzadas, em Jerusalém, com o fim de proteger os peregrinos que se dirigiam ao Santo Sepulcro. Como ordem de cavalaria militar, formaram a vanguarda e a espinha dorsal dos exércitos dos cruzados na Palestina. Por serem excelentes administradores, fiéis e organizados depositários, tornaram-se banqueiros de papas, reis, príncipes e particulares.

Valentes até a temeridade, depositários de imensas fortunas, foram alvos da cupidez do Rei Felipe, o Belo, de França, que premido por necessidade de dinheiro, em consequência das incessantes guerras que movia aos seus vizinhos e, temeroso do poderio dos Cavaleiros Templários, resolveu apoderar-se dos bens da Ordem.

Acusados de heresia perante a inquisição onde o rei colocara validos seus, os Templários foram denunciados por possuírem um esoterismo particular, sendo caluniados, espoliados e martirizados, retiram-se para a Escócia onde juntam-se à Maçonaria.

É verdade que os Templários tinham uma iniciação, mas de nenhum modo divergiam das doutrinas cristãs. De qualquer forma, procurou-se implicar os Templários numa preferência ao Evangelho de São João, considerado pelos ocultistas franceses como o Evangelho do Conhecimento Esotérico, por ser particularmente rico em ensinamentos simbólicos e esotéricos.

É preciso ter presente, como verdade histórica, que a Ordem do Templo, os Cavaleiros Templários, não foram condenados pelas autoridades eclesiásticas em questões de fé, mas simplesmente, perseguidos sob as instâncias e avidez do rei de França.

Hoje, os Templários estão por todos os países, dedicando as suas atividades em prol do bem-estar moral e material da civilização e progresso do ser humano. Propugnam a ajuda a orfanatos, o amparo à velhice e às crianças desamparadas, o estímulo moral e material aos cientistas e às artes em geral.

Sendo uma ordem de caráter ecumênico, não faz distinção de raça, credo, nacionalidade e de estirpe, respeitando em qualquer caso, as leis e as tradições de todos os povos e de todos os países por onde estende suas atividades.

Tem como fins principais:

A - O desenvolvimento pessoal dos seus membros através da experiência acumulada de seus estudos e pesquisas;

B - O ecumenismo;

C - O respeito por todas as religiões e credos;

D - Socorrer, sob qualquer circunstância, os Irmãos necessitados;

E - Apoio a entidades beneficentes, assistenciais, culturais que por sua natureza necessitem de ajuda financeira, donativos etc...

Para a consecução de suas finalidades a Ordem mantém permanente difusão entre seus afiliados, os conhecimentos, técnicas, pesquisas, utilizando-se de monografias, apostilas, correspondências etc., que permitem estreito contato de suas experiências com seus membros.

 

O QUE É A MAÇONARIA?

 

Não possui a Maçonaria leis gerais nem livro santo que a definam ou obriguem todo o maçon através do Mundo; não sendo uma religião, não tem dogmas:. Em cada país e ao longo dos séculos, estatutos numerosos se promulgaram e fizeram fé para comunidades diferentes no tempo e nos costumes:. Mas isso não obsta a que a Maçonaria possua certo número de princípios básicos, aceites por todos os irmãos em todas as partes do globo:. É essa aceitação, aliás, que torna possível a fraternidade universal dos maçons e a sua condição de grande família no seio da Humanidade, sem que, no entanto, exista uma potencia maçônica à escala mundial nem um Grão-Mestre, tipo Papa, que centralize o pensamento e a ação da Ordem:.

CONSTRUÇÃO
Vejamos o seu nome Maçonaria vem provavelmente do Frances "Maçonnerie", que significa uma construção qualquer, feita por um pedreiro, o "maçon":. A Maçonaria terá assim, como objetivo essencial, a edificação de qualquer coisa:. O maçon, o pedreiro-livre em vernáculo português, será portanto o construtor, o que trabalha para erguer um edifício:.
 

JUSTIÇA SOCIAL
A Maçonaria admite, portanto, que o homem e a sociedade são susceptíveis de melhoria, são passíveis de aperfeiçoamento:. Por outras palavras, aceita e promove a transformação do ser humano e das sociedades em que vive:. Mas, para além da solidariedade e da justiça, não define os meios rigorosos por que essa transformação se há de fazer nem os modelos exatos em que ela possa desembocar:. Nada há, por exemplo, no seio da Maçonaria, que faça rejeitar uma sociedade de tipo socialista ou de tipo liberal:. O que lhe importa é um homem melhor dentro de uma sociedade melhor:.
 

ACLASSISMO
Dos ideais de justiça e solidariedade humanas, levados até as últimas conseqüências, resulta naturalmente o ser a Maçonaria uma instituição aclassista e anticlassista, englobando representantes de todos os grupos sociais que, como maçons, devem tentar esquecer a sua integração de classe e comportar-se como iguais:. "A Maçonaria honra igualmente o trabalho intelectual e o trabalho manual", rezava o artigo 6s da Constituição de 1926:. E, nos requisitos para se ser maçon, exige-se apenas, para além de diversas condições morais e intelectuais que mais adiante serão mencionadas, o exercer-se uma profissão honesta que assegure meios de subsistência:. É verdade que a exigência de se possuir a instrução necessária para compreender os fins da Ordem exclui, desde logo, os analfabetos e grande parte das massas populares (em Portugal, entenda-se):. E é verdade também que a maioria dos maçons proveio e continua a provir dos grupos burgueses:. Mas isso deve-se apenas as condições históricas em que todas as sociedades tem vivido nos últimos 200 anos:. R medida que as classes trabalhadoras vão atingindo mais elevado nível social e cultural, assim o número de maçons delas oriundo tende a aumentar paralelamente:. Em Maçonarias de países como a Grã-Bretanha, a França ou a Holanda, o caráter aclassista da Ordem Maçônica nota-se com muito maior intensidade do que em Portugal ou na Espanha:.

 

APERFEIÇOAMENTO INTELECTUAL
O aperfeiçoamento do homem e da sociedade não se põe apenas, para o maçon, em termos de melhoria económico-social:. Poe-se também, e sobretudo, em termos de melhoria intelectual, da afinamento das faculdades de pensar e de enriquecimento adquiridos:. Livre pensamento, para começar:. "A Maçonaria é livre-pensadora", dizia o artigo 3s da Constituição de 1926:. Mas livre pensamento não coincide necessariamente com ateísmo:. Já um texto famoso e respeitado dos primórdios da instituição, as Constituições de Anderson, de 1723, dizia que o maçon que entendesse bem de "Arte", "nunca será um ateu estúpido ou um libertino irreligioso:. Mas embora - continuava o texto - nos tempos antigos os maçons fossem obrigados, em cada país, a ser da religião, fosse ela qual fosse, desse país ou dessa nação, considera-se agora como mais a propósito obrigá-los apenas aquela religião na qual todos os homens estão de acordo, deixando a cada um as suas convicções próprias(...)":. Hoje, talvez a maioria dos maçons professe um deísmo ou teísmo de conceitos vagos e alegóricos, embora não faltem ateus nem crentes de variadas religiões, desde o cristão ao muçulmano:. O que todos rejeitam são dogmatismos e exclusivismos confessionais:.
 

FRATERNIDADE
Levados às últimas conseqüências, os princípios atrás mencionados teriam de implicar uma fraternidade de tipo universal. Este é não só um principio teórico, mas uma norma de prática quotidiana:. "A Maçonaria é uma instituição universal (...):. Todos os maçons constituem uma e a mesma família e dão se o tratamento de irmãos, sendo iguais perante a lei", dizia o artigo 7º da Constituição de 1926:. " A Maçonaria estende a todos os homens os laços fraternais que unem os maçons sobre a superfície do globo" (artigo 5º do mesmo texto):. Através do ritual, que inclui vocabulário próprio e sinais de reconhecimento específicos, um maçon português pode contactar com um maçon japonês e receber dele ou transmitir-lhe ajuda e apoio de qualquer gênero:. De fato, um dos deveres importantes do maçon, inserto nas Constituições do mundo inteiro, consiste em reconhecer como irmãos todos os maçons, tratá-los como tais e prestar-lhes auxílio e proteção, a suas viúvas e filhos menores:. A história da Maçonaria está cheia de casos que provam o geral cumprimento deste dever:.

DEMOCRACIA, IGUALDADE
Democracia e igualdade encontram-se também entre os princípios básicos da instituição maçônica. Todo o poder reside no povo, como o atestava o artigo 18s da Constituição de 1926, ao dizer que "A Ordem Maçônica em Portugal só reconhece a soberania do povo maçônico":. Todos os maçons são iguais, independentemente do grau a que pertençam:. "Durante as sessões maçônicas - rezava o artigo 17º, § único - todos os obreiros, qualquer que seja o seu grau ou o seu rito, estão sujeitos r mais perfeita igualdade, prevalecendo a opinião da maioria, quando não seja contrária as leis e regulamentos":. Por sua vez, as células de organização e de trabalho da Ordem, as chamadas Oficinas, "são todas iguais em direitos e honras, e independentes entre si" (artigo 12s da Constituição) :. Nas Maçonarias de todo o mundo, o Grão-Mestre e os Grão-Mestres adjuntos são eleitos pela totalidade do povo maçônico, variando apenas a forma dessa eleição:. Em muitos países, qualquer maçon, aliás, desde que tenha atingido a condição de Mestre (ou seja, maçon perfeito) pode, em teoria, ser eleito Grão-Mestre:. Outro tanto se verifica nas eleições para os múltiplos cargos de cada oficina:.

OFICINAS [Lojas]
Cada Maçonaria nacional está estruturada em células autônomas, "todas iguais em direitos e honras, e independentes entre si", designadas por oficinas:. Existem dois tipos de oficinas, chamados lojas e triângulos:. A loja é composta por um mínimo de sete maçons perfeitos, não conhecendo limite máximo de membros:. O triângulo é composto por três maçons perfeitos, pelo menos, e por seis, no máximo, passando a loja quando um sétimo membro se lhe vem agregar:.

Uma loja completa possui dez funcionários, que são:

> Venerável ou Presidente, que preside aos trabalhos e os orienta:.
> Primeiro Vigilante, que dirige os trabalhos dos companheiros e vela pela disciplina geral:.
> Segundo Vigilante, que tem por função a instrução dos aprendizes:.
> Orador, encarregado de fazer a síntese dos trabalhos e deles extrair as conclusões; é ainda o representante da Lei maçônica:.
> Secretário, que redige as actas das sessões e se ocupa das relações administrativas entre a loja e a Obediência:.
> Mestre de Cerimônias, que introduz na loja e conduz aos seus lugares os visitantes, e ajuda o Experto nas cerimônias de iniciação:.
> Tesoureiro, que recebe as quotizações e outros fundos da loja e vela pela sua organização financeira:.
Os cargos, do Venerável ao Secretário, são chamados as luzes da oficina:.

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